Mbappé e as outras razões na base do sucesso do Mónaco
quinta-feira, 16 de março de 2017
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Jovens talentosos, união no balneário, um treinador aventureiro e um punhado de jogadores experientes estiveram na base da mais recente chegada do Mónaco aos quartos-de-final.
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Jovem, destemido e coeso, o Mónaco tem causado enorme impacto na UEFA Champions League. Depois de derrotar o Manchester City, por 3-1, para chegar aos quartos-de-final pela segunda vez em três épocas, o líder da Ligue 1 quer mais e a estrela Kylian Mbappé deixou o aviso aos grandes rivais continentais: “Isto é apenas o início.”
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Kylian Mbappé
Temos de começar pelo jogador mais jovem e falado da equipa do Mónaco. Mbappé, de 18 anos, marcou em ambas as mãos diante do City nas duas primeiras vezes em que foi titular na UEFA Champions League.
Talento prodigioso, Mbappé impõs o ritmo da segunda mão ao mesmo tempo que, desde o início, a sua velocidade assustou John Stones. Mostrando uma frieza pouco habitual, ultrapassou o facto de ter falhado uma situação de um-para-um convertendo a oportunidade de golo seguinte. Dada a velocidade a que está a evoluir um dia será falado como o “novo Kylian Mbappé".
“Olhem para dentro dos meus olhos; estão iluminados. É verdadeiramente incrível. Estou a desfrutar a isto é apenas o início”, disse Mbappé.
Amigos
Jogando como equipa é muito mais fácil quando o ambiente é bom e o Mónaco é um grupo de bons amigos. O lateral esquerdo Benjamin Mendy, que fez a assistência para Fabinho marcar o segundo golo dos monegascos e que desfrutou também de outro jogo extraordinário, afirmou ao UEFA.com: “Somos grandes amigos e gostamos de estar juntos em campo. Divertimo-nos a jogar futebol e desfrutamos tanto que não sentimos a pressão de ter de conseguir resultados."
Sem medo
A filosofia começa no topo pelo treinador Leonardo Jardim. O português explicou: “Na terça-feira fui questionado por um jornalista se estava com medo do jogo. Jogos como estes são para ser desfrutados e eu adoro estas partidas quando há tanto em cima da mesa.”
Irrepreensível nos primeiros 45 minutos, o Mónaco reagiu à necessidade de ter de marcar mais um tento após Leroy Sané reduzir para o City. O médio Bernardo Silva explicou: “Não trememos quando ficou 2-1. Durante toda a época a nossa força tem sido não ter medo de jogar. Quero agradecer ao [Tiemoué] Bakayoko por nos ter feito seguir para os quartos-de-final!"
Principado para homens mais velhos
Fazendo a sua parte entre a geração mais velha, o guarda-redes Danijel Subašić e Andrea Raggi, ambos com 32 anos, tiveram desempenhos cruciais. Subašić expiou o erro da primeira mão com uma série de boas defesas e Raggi fez vários desarmes fundamentais antes de sair a coxear na segunda parte.
Subašić distingue o balneário do Mónaco entre “os adultos” e “os jovens talentosos”. Um par de mais adultos, como Radamel Falcao (lesionado) e Kamil Glik (suspenso) vão reforçar o Mónaco nos quartos-de-final.