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Alcunhas das equipas participantes na UEFA Champions League

Nos oitavos-de-final teremos artilheiros, fabricantes de colchões, velhas senhoras, sereias, lavatórios, águias, dragões e raposas: fique a conhecer a origem de todas estas alcunhas.

Uma águia pousa no símbolo do Benfica
Uma águia pousa no símbolo do Benfica ©Getty Images

Arsenal – The Gunners (Os Artilheiros)
O Arsenal foi fundado em 1886 por trabalhadores de fábricas de armamento de Woolwich, uma zona do sudeste de Londres, e ficou para sempre associado aos militares. Daí o nome Arsenal, o canhão no emblema e, consequentemente, a alcunha.

Atlético - Los Colchoneros (Os Fabricantes de Colchões)
No período a seguir à guerra civil espanhola, os colchões eram feitos com um padrão à listas vermelhas e brancas, o que tonrou esse tipo de tecido barato. O Atlético abandonou o azul e o branco e, num instante, transformou-se nos fabricantes de colchões.

Barcelona - Barça, Blaugrana (Azul e Vermelhos), Culés (Traseiros)
Barça é a alcunha mais comum, Blaugrana a mais evidente, mas a mais interessante é "Culés". É muitas vezes aplicada aos adeptos e resulta da lenda que os adeptos tinham dificuldades em encontrar lugar para se sentarem no antigo estádio de Les Corts. Muitas vezes optavam por sentar-se nos muros do recinto, expondo involuntariamente os traseiros aos transeuntes.

Bayern - Die Roten (Os Vermelhos)
Seis anos após ter sido fundado em 1900, o Bayern uniu-se ao Münchner Sport-Club de forma a utilizar o seu campo e demais instalações. Houve apenas uma condição: tinham de deixar de jogar de preto para passarem a usar camisolas vermelha. O Bayern passou a “Die Roten” desde essa altura.

Benfica's eagle
Benfica's eagle©Getty Images

Benfica - Águias 
A águia encabeça o emblema do Benfica desde a sua formação, em 1904, é um símbolo de independência, autoridade e nobreza. O clube conta actualmente com duas águias carecas, Vitória e Glória. Antes dos jogos em casa, uma delas realiza um voo no estádio e pousa no emblema do clube.

Dortmund - Die Schwarz-Gelben (Os Pretos e Amarelos)
O Dortmund já jogou de vermelho, branco e azul, mas optou pelas atuais cores em 1913, depois da forte pressão realizada por August Busse, que viria a ser presidente do clube. O amarelo e preto eram as cores do Britannia, um clube que se tinha fundido alguns anos antes com o Dortmund. Durante algum tempo foram conhecidos como “Os Limões".

Juventus - Vecchia Signora (Velha Senhora)
Existem diferentes teorias em relação à origem desta alcunha, mas a maioria pensa que vem da família Agnelli, que comprou o clube na década de 1920. Queriam impor um estilo sofisticado, “lo stile Juve”, por isso optaram por uma senhora de origem nobre.

Filbert Fox mostra o seu talento
Filbert Fox mostra o seu talento©Getty Images

Leicester - The Foxes (As Raposas)
O Leicestershire é o local de nascimento da caça da raposa (actualmente ilegal na maior parte do Reino Unido) e a alcunha foi adoptada em 1920. Antes de entrar em campo, os jogadores passam por baixo do lema "As raposas nunca desistem".

Leverkusen - Die Werkself (A Equipa da Fábrica)
O Leverkusen começou por ser a equipa dos funcionário da gigante farmacêutica Bayer. Foi criado em 1904, na sequência de uma petição assinada por 170 trabalhadores.

Manchester City - Citizens, The Sky Blues (Cidadãos, Azuis Celestes)
Cidadãos surge como uma extensão da cidade (os membros do clube são actualmente designados Cityzens); Azuis Celestes resulta, obviamente, da cor das camisolas.

Mónaco - Les Rouges et Blancs (Os Vermelhos e Brancos)
Pode parecer repetitivo, mas a alcunha de Vermelhos e Brancos vem das cores de clube. Estas vêm da bandeira do principado que, por sua vez, têm origem nas cores heráldicas da Casa de Grimaldi, que está no poder.

Nápoles – Partenopei
Vem do antigo nome da cidade, Parthenope. Na mitologia grega, Parthenope foi uma das sereias que se lançou no mar e se afogou depois de não conseguir seduzir Ulisses com os seus cânticos. A cidade recebeu o nome em sua honra, pois a lenda diz que o seu corpo deu à costa na pequena ilha de Megaride.

Paris Saint-Germain – PSG
Jornalistas determinados em evitar repetições ocasionalmente recorrem a Vermelhos e Azuis ou a Parisienses, mas o futebol francês adora um boa sigla.

Porto  Dragões
Mais do que a identidade do FC Porto, o dragão é o símbolo da cidade pelo menos desde o Séc. XIX. Representa valores como o espírito de luta e a invencibilidade, tendo sido adoptado para o emblema do clube em 1922 por sugestão do jogador Augusto Baptista Ferreira.

Real Madrid – Merengues (Suspiros)
Um comentador espanhol de rádio motivou esta alcunha quando comparou as camisolas da equipa a um suspiro. Um redactor do jornal britânico The Times terá criado uma outra alcunha menos comum, Vikings, depois de comparar a reviravolta do Real Madrid frente ao Eintracht Frankfurt, que culminou com um triunfo por 7-3 na final da Taça dos Clubes Campeões Europeus de 1960 em Glasgow, com a invasão da Europa pelos Vikings.

Sevilha - Palanganas (Lavatórios)
Outra alcunha de origem incerta. Uma explicação é que o Estádio Ramón Sánchez Pizjúan se assemelha a um lavatório, outra diz que estas peças de cerâmica no início do século XX eram brancos com riscas vermelhas, semelhantes às cores do clube.