Sevilha goleia Dínamo Zagreb e assume liderança
quarta-feira, 2 de novembro de 2016
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O Sevilha aproveitou a expulsão de um jogador do Dínamo na primeira parte para construir um triunfo por 4-0, um resultado que deixa os espanhóis à frente da Juventus no Grupo H.
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O Sevilha venceu facilmente o Dínamo Zagreb num duelo entre as equipas que passaram a ocupar o primeiro e o último lugar do Grupo H da UEFA Champions League.
O Sevilha ganhou vantagem na sequência de um ataque rápido, pouco depois de ultrapassada a primeira meia-hora, com Luciano Vietto a receber a bola na esquerda e a desferir um remate rápido de ângulo reduzido que surpreendeu o guarda-redes Dominik Livaković. O segundo momento decisivo do encontro surgiu no final da primeira parte quando a equipa do português Paulo Machado ficou em inferioridade numérica depois de Petar Stojanovič ver o segundo cartão amarelo.
O Sevilha tinha mais um jogador e o encontro passou a ser de sentido único, com a equipa da casa a construir pacientemente os ataques e a criar problemas a uma equipa croata que continua sem pontuar no grupo. Steven N'zonzi dominava o meio-campo e dava início a todos os ataques. Depois de ultrapassada a hora de jogo, Sergio Escudero finalmente marcou o segundo golo, antes do poderoso N'Zonzi também marcar com um bom cabeceamento. O suplente Wissam Ben Yedder estabeleceu o resultado final com um remate à queima-roupa.
Figura: Sergio Escudero (Sevilha)
Não faltavam candidatos. Vietto pela rápida investida que proporcionou o primeiro golo. N'Zonzi pelo domínio e controlo absolutos do meio-campo, ditando o ritmo do jogo e fazendo o 3-0. Mas Escudero esteve majestoso. Percorreu todo o flanco, usou a bola de forma inteligente, recuperou-a em mais do que uma ocasião e depois marcou o golo que garantiu os três pontos. O elegante e audaz defesa-esquerdo tabelou com um colega e marcou com um remate com o pé direito. A melhor maneira de se estrear a marcar na UEFA Champions League. Um golo para mais tarde recordar.
Sevilha implacável
Há uma linha muito ténue que define a grandeza desportiva. Quando é que a crença e a auto-confiança se transformam numa versão ligeira da condescendência? Esta questão podia aplicar-se neste caso já que, após três anos consecutivos a conquistar troféus europeus, a equipa poderá começar a pensar que “tudo vai continuar a correr pelo melhor”. A natureza humana é assim.
No entanto, o Sevilha não chegou a este ponto. É algo raro no desporto, algo que Diego Simeone, compatriota do treinador Jorge Sampaoli, tem conseguido regulamente nos últimos anos. Uma harmonia completa entre crença, atitude, intensidade, agressividade e ambição que é partilhada por treinador, dirigentes, jogadores e adeptos. Uma dinâmica poderosa.
Este jogo foi mais uma demonstração dessa unidade. Adeptos ruidosos, jogadores trabalhadores, muito talento, treinador que nunca se cansa de dar instruções. Uma belo espectáculo.
A auto-destruição do Dínamo
Mesmo quando está a jogar perante grandes equipas, o Dínamo tem a tendência a cometer erros infantis que se transformam em golos. Foi o que aconteceu esta noite num momento que mudou o encontro. O treinador Ivaylo Petev tem de encontrar uma forma de terminar com este hábito se quiser que esta equipa consiga estar em condições de competir nos grandes palcos europeus.