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Cervi segue pisadas de Gaitán e Di María

Um dos jogadores contratados para substituir Nicólas Gaitán, o jovem Franco Cervi tem mostrado com as suas exibições e golos que o lugar vago deixado pelo compatriota está bem entregue.

Franco Cervi num dos primeiros jogos pelo Benfica
Franco Cervi num dos primeiros jogos pelo Benfica ©AFP/Getty Images

Em Setembro de 2015, ainda a época mal tinha começado, já o Benfica apresentava o seu primeiro reforço para... 2016/17. Tratava-se de Franco Cervi, jovem argentino de 22 anos do Rosario Central.

Nessa altura, o campeão português já pensava na provável saída de uma das suas estrelas, Nicolás Gaitán, que se viria a concretizar no final da campanha. Em Junho  deste ano, quando chegou a Portugal, Cervi sabia que tinha um legado prestigiante ao qual dar seguimento, não só por causa de Gaitán mas também por Angel Di María.

O novo reforço encarnado, para além da nacionalidade, também  é esquerdino e extremo-esquerdo, tal como os compatriotas, partilhando ainda com Di María o facto de chegar à Luz oriundo do Rosario Central. Pela frente teria a difícil tarefa de substituir jogadores que espalharam magia no lado esquerdo do ataque (e não só) nas últimas sete épocas.

A esse propósito, mostrou ter a lição bem estudada antes de enfrentar a nova realidade. "O Benfica teve excelentes jogadores argentinos e eles são dois bons exemplos. Prefiro não entrar em comparações, mas oxalá possa atingir um nível idêntico ao de Di María e Gaitán e ganhar o que eles ganharam. O facto de terem deixado marcar no clube faz-me encarar as coisas com maior entusiasmo", afirmou.

No arranque da temporada sabia ser um de quatro elementos contratados para substituir o agora jogador do Atletico Madrid, concorrendo pelo lugar com Andrija Živković, André Carrillo e Rafa Silva. Para além de chegar com ritmo, beneficiou das paragens prolongadas dos dois primeiros, bem como da chegada tardia e posterior lesão do internacional português, para ganhar um lugar nas opções habituais de Rui Vitória.

E desde cedo mostrou a sua qualidade aos adeptos "encarnados". Na Supertaça Cândido de Oliveira, frente ao Braga, inaugurou o marcador rumo a um triunfo por 3-0, com uma jogada individual iniciada no flanco esquerdo e que terminou com um remate rasteiro de pé direito no interior da área.

Um início de sonho para a carreira no novo clube e uma pequena amostra do que sabe fazer e do grande manancial técnico à sua disposição. Com nove jogos e quatro golos marcados em três competições diferentes, é um dos melhores marcador do clube neste momento. Se marcar mais um no próximo jogo que disputar, iguala a sua melhor marca mas com um terço das partidas (5 golos em 33 jogos em 2015).

Parece também ser um jogador mais abrangente do que os predecessores, capaz de jogar nos flancos e no centro, seja no apoio ao ataque ou como segundo avançado. Até a forma como marcou os restantes golos atestam a sua polivalência: os dois facturados na UEFA Champions League revelam um jogador com faro de golo e velocidade de reacção, enquanto o tento solitário na Liga Portuguesa foi apontado... de cabeça. Nada mau para quem tem apenas 1,66 metros.

Apesar dos elogios que tem recebido, o pequeno jogador é o primeiro a admitir que "não posso relaxar um segundo por causa da concorrência e tenho de aproveitar cada oportunidade", explicando que "o plantel tem todas as posições bem preenchidas e há grandes jogadores no meu posto".

Com dois jogos importantes para as ambições "encarnadas" na próxima semana, frente a Dínamo Kiev e Porto, o treinador Rui Vitória espera que Cervi mantenha o bom momento de forma e continue a dar dores de cabeça aos defesas.

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