André Silva talhado para o estrelato no Porto
segunda-feira, 31 de outubro de 2016
Sumário do artigo
André Silva explica como o facto de ter sido uma criança introvertida o levou a ser jogador de futebol e como um tio adepto do Boavista quase o fez deixar de torcer pelo Porto.
Conteúdo media do artigo
Corpo do artigo
O treinador do FC Porto, Nuno Espírito Santo, acredita que André Silva vai chegar longe, tendo afirmado ao UEFA.com: "Ele tem vindo a marcar muitos golos e está a desenvolver-se bastante depressa. Ainda tem muito para aprender e melhorar, mas está a trabalhar bastante e acredita nas suas capacidades. Tem uma confiança que pode fazer dele uma figura importante do futebol português." O avançado português de 20 anos contou-nos a sua história.
Os primeiros passos...
A verdade é que quando era pequeno não ligava muito ao futebol. Comecei a jogar muito por culpa do meu pai e da minha família, e a razão pela qual eles queriam que eu jogasse futebol quando tinha apenas seis anos de idade era porque eu era uma criança introvertida, que gostava de ficar sozinha. O meu pai levou-me, a mim e a um primo meu, para o futebol e foi a partir daí que comecei a levar isso mais a sério.
O amor pelo Porto...
Quando eu era pequeno ouvia toda a gente dizer que o Porto era o melhor, que o Porto era o maior, que o Porto era quem ganhava. Sabia que no Porto havia o hábito de ganhar troféus e, por todas essas razões, eu e o meu pai torcíamos pelo Porto. Mas ele não era um adepto ferrenho, embora me tenha ensinado a gostar do clube. Nem sempre tinha oportunidade de ir ver os jogos, mas quando ia adorava.
Um tio meu, adepto do Boavista, ofereceu-se um dia para me levar ao estádio na condição de que eu apoiasse o Boavista; acabei por aceitar, porque queria ir, mas a verdade é que sempre torci pelo Porto e, agora, é esse meu tio que também torce pelo Porto, por minha causa.
O que o Porto lhe ensinou...
Cheguei ao Porto quando tinha 14 anos e foi aí que me tornei no jogador que sou hoje. Tinha muito para aprender quando aqui cheguei – era muito jovem quando assinei pelo clube. Espero continuar a desenvolver-me ainda mais aqui no Porto. Tenho muito a agradecer ao Porto. Foi um processo difícil, que exigiu muita dedicação, e trabalhei muito para chegar até onde estou agora.
O papel de Nuno Espírito Santo na sua carreira...
Ele tem muita fé em mim e eu respondo dando o meu máximo em campo. É fundamental que os jogadores se habituem a jogar ao mais alto nível e não há nada acima da Champions League. Levo esses jogos um pouco mais a sério. Tento aprender o mais possível com eles, com a sua atmosfera, e procuro desenvolver-me ainda mais. Todos os jogos na Champions League são difíceis e, a este nível, qualquer erro pode custar bastante caro.
O significado de vestir a "camisola 10", usada no passado por nomes como Deco, James Rodríguez ou Ricardo Quaresma...
Grandes jogadores envergaram este número antes de mim, mas penso que estou preparado. Vou tentar honrar este número e mostrar que sou digno de vestir a "camisola 10".