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Salvio e Cervi dão vitória ao Benfica em Kiev

Golos de Eduardo Salvio e Franco Cervi aos dez minutos de cada parte deram ao Benfica um triunfo que relança a campanha do campeão português no Grupo B.

Highlights: Dynamo Kyiv 0-2 Benfica

O Benfica foi a Kiev vencer o Dínamo por 2-0 e relançou a sua campanha no Grupo F, deixando os ucranianos sozinhos no último lugar, concluída a primeira metade da fase de grupos.

O campeão português começou por causar a primeira ocasião de golo da partida, quando Ljubomir Fejsa rematou para defesa segura de Artur Rudko. No lance seguinte o Benfica beneficiou de uma grande penalidade que puniu derrube do defesa português do Dínamo, Vitorino Antunes, a Gonçalo Guedes depois de este ter passado por si. Chamado à conversão, Eduardo Salvio rematou para o lado oposto para o qual Rudko se lançou.

Antunes tentou ripostar de longa distância no minuto seguinte, mas Ederson defendeu com segurança o remate rasteiro do internacional luso. O Benfica mostrou-se, entretanto, mais equilibrado e disciplinado sem bola do que em Nápoles e fechou muito bem os espaços.

Seguiu-se, aos 25 minutos, a melhor ocasião do Dínamo na primeira parte, com Derlís González, que representara a equipa B do Benfica, a surgir solto na área a cabecear por cima na resposta a um cruzamento de Andriy Yarmolenko.

Como acontecera no golo, o Benfica continuou a apostar mais no seu lado direito e foi daí que, pouco depois da meia-hora, Salvio progrediu para a área, de onde rematou para a defesa com os pés de Rudko. Também pela direita, Serhiy Sydorchuk teve, em seguida, um remate às malhas laterais, no último lance de perigo do primeiro tempo.

Os dez minutos iniciais da segunda parte acabaram por ser iguais aos da primeira, pois foi nesse minuto que o Benfica apontou o segundo golo, com Franco Cervi a surgir sem marcação no coração da área e a bater Rudko à segunda tentativa. O tento do esquerdino argentino não fez esmorecer os ucranianos, que, já com Buyalskiy no lugar do discreto Fedorchuk, só não reduziram na rápida resposta porque Ederson se saiu muito bem aos pés de Junior Moraes.

O Dínamo continuou a porfiar, à procura do golo que relançasse a discussão do resultado, mas Ederson teve, então, um par de defesas notáveis. Uma delas foi mesmo dupla, pois aos 65 minutos deteve um remate de Yarmolenko e a recarga de Sydorchuk.

Nos últimos cinco minutos, o guarda-redes brasileiro deteve, também, um centro-remate do lado esquerdo, com Alejandro Grimaldo a deter sobre a linha, de carrinho, a recarga de Yarmolenko.

Jogador-chave: Salvio (Benfica)
Não foi apenas a competente grande penalidade convertida logo no início do jogo que levou ao seu destaque. Teve ainda dois disparos bem defendidos por Rudko e foi ainda dos seus pés que, da linha de fundo, criou o passe para o golo (à segunda) de Cervi.

Momento do jogo
Aos 55 minutos o Benfica duplicou a vantagem e deixou a partida praticamente decidida. Salvio ganhou um ressalto na linha de fundo, de onde serviu Cervi sensivelmente na marca de grande penalidade. O compatriota rematou primeiro contra Kostas Mitroglou, mas acertou no fundo das redes à segunda tentativa.

Reacções
Rui Vitória, treinador do Benfica
Vínhamos com o propósito de vencer, frente a uma boa equipa. Tenho que dar os parabéns aos jogadores, porque ganhámos de uma forma muito bem conseguida, depois de terem posto em prática tudo o que lhes foi pedido. Vencemos justamente, a anular todos os pontos fortes do Dínamo.
No início ou no fim de cada parte, o importante era marcar. Sabíamos que tínhamos que entrar fortes, mas também seguros e confiantes no que tínhamos a fazer. Sabíamos que teríamos oportunidades e depois era assentar o jogo num plano defensivo bastante sólido, com muito rigor e disciplina táctica. Dissemos que o grupo ia ser disputado até ao fim e vai ser mesmo, mas aqui só nos competia fazer o nosso papel e cumprimo-lo.

Serhiy Rebrov, técnico do Dínamo Kiev
É difícil explicar como é que esta derrota aconteceu. Não posso apontar uma razão em concreto – houve várias. É claro que um golo logo ao início estraga um plano. Mas ainda assim, continuámos a tentar com afinco e a partir para o ataque. Não poderei dizer que tenha faltado vontade a algum jogador. Sim, alguns estavam demasiado cansados no final, devido à forte intensidade do jogo, mas criaram oportunidades e estiveram perto de marcar. Quero relembrar que esta é uma prova de topo. Qualquer equipa – mesmo após períodos bem-sucedidos, como tivemos nos últimos dois anos – precisa de sangue novo. Precisamos de novos jogadores, que elevem a motivação e concorrência no plantel. Vamos agora levar vários dos nossos talentosos jovens para o estágio de inverno. Vemos um bom futuro neles.