Como vai o Nápoles lidar com a ausência do lesionado Milik?
domingo, 9 de outubro de 2016
Sumário do artigo
Com o atacante polaco Arkadiusz Milik de fora até 2017 devido a uma lesão grave no joelho, Paolo Menicucci fala-nos das alternativas atacantes do Nápoles.
Conteúdo media do artigo
Corpo do artigo
Arkadiusz Milik ficou a saber que vai estar ausente dos relvados durante vários meses, depois de ter sofrido uma lesão grave nos ligamentos do joelho, ao serviço da selecção da Polónia. É uma péssima notícia para o Nápoles e as suas ambições na Serie A e UEFA Champions League. Como irá a formação italiana viver sem o seu principal avançado?
O que o Nápoles perde
O jogador de 22 anos ingressou no Nápoles este Verão, vindo do Ajax, para suprir a vaga deixada pela saída para a Juventus de Gonzalo Higuaín, autor de 36 golos no campeonato da época passada. O internacional polaco adaptou-se rapidamente à nova equipa e leva já quatro golos na Serie A e três na UEFA Champions League. Os adeptos dos "Partenopei" já haviam encontrado um novo ídolo.
A capacidade de jogar pelo ar de Milik deu uma nova dimensão ao ataque do Nápoles: ele bisou de cabeça na vitória por 2-1 na visita ao Dynamo Kyiv na primeira jornada. Ter um atacante desta qualidade no jogo aéreo foi muito importante numa equipa cheia de extremos – e que cruzam bem: Dries Mertens, Lorenzo Insigne, José Callejón e Emanuele Giaccherini.
O Nápoles de Maurizio Sarri gosta de ter a bola e começar a jogar desde trás, mas as lançamentos longos para Milik tornaram-se um plano B. Depois havia os apoios frontais que fazia, criando espaços para os colegas com a sua movimentação, a começar pelo capitão Marek Hamšík e as suas arrancadas iniciadas no centro do terreno.
Como poderá Sarri substituir Milik?
A opção mais óbvia é Manolo Gabiadini. O internacional italiano de 25 anos tem características diferentes de Milik – o jogo de cabeça não é o seu forte – mas tem um pé esquerdo letal e soma 14 golos em 49 jogos na Serie A com o Nápoles.
Callejón marcou cinco golos em sete jogos da Serie A esta época como extremo direito e já jogou no centro no passado. Giachcerini está a regressar à sua forma depois da lesão contraída no Verão e poderá jogar na direita caso Callejón alinhe no meio.
Insigne e Mertens lutam por um lugar na esquerda, substituindo-se mutuamente durante os jogos; é um luxo a que esta equipa se pode dar, atendendo aos talentos à sua disposição. Sarri pode arranjar uma maneira de os utilizar ao mesmo tempo, com um deles a jogar como "falso nove", papel que Mertens desempenhou alguma vezes nos jogos de pré-época.
Por fim, a lesão de Milik pode levar a uma alteração no sistema de jogo, de um 4-3-3 para 4-3-1-2. O capitão Hamšík pode jogar atrás de dois dos quatro avançados à disposição de Sarril com outra contratação recente, Piotr Zieliński – outro polaco que começou muito bem a temporada - a jogar mais regularmente no meio-campo.
Próximo teste
O Nápoles regressa à competição após a paragem das selecções na Serie A com um difícil teste ante a Roma, no sábado, a que se segue a recepção ao Beşiktaş para a UEFA Champions League, a 19 de Outubro. Recorde-se que os italianos venceram os primeiros dois jogos europeus.