Como o Bayern voltou a perder com o Atlético de Simeone
quinta-feira, 29 de setembro de 2016
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O Bayern não perdia desde a derrota sofrida em Abril no terreno do Atlético Madrid e foi aí que voltou, agora, a conhecer o sabor da derrota. Procurámos as razões que explicam este novo êxito dos pupilos de Diego Simeone.
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Quando o Atlético Madrid derrotou o Bayern München em Abril para ganhar vantagem nas meias-finais da UEFA Champions League 2015/16, a turma orientada por Diego Simeone fez o que melhor sabe fazer. Apesar de ter tido apenas 31 por cento do tempo de posse de bola, aguentou a pressão contrária e respondeu de forma decisiva no contra-ataque.
Passados cinco meses, o Atlético produziu a sequela perfeita. Mais uma sólida actuação defensiva, aliada a um golo de Yannick Carrasco no primeiro tempo, valeram aos "rojiblancos" três importantes pontos para se isolarem no topo do Grupo D. Para o Bayern, por seu lado, foi uma espécie de "déjà-vu", com as suas últimas quatro deslocações a Espanha a terem sempre terminado em derrota.
A verdade é que o Atlético perdeu apenas um dos últimos 31 jogos europeus que disputou no Vicente Calderón - frente ao Benfica, na época passada. E o seu treinador tem sido fundamental para isso. Simeone colocou em campo nove jogadores que tinham também actuado frente ao Bayern em Abril e voltou a levar a melhor a nível táctico, desta feita sobre Carlo Ancelotti.
Apesar das muitas semelhanças entre os dois jogos, houve uma alteração táctica introduzida por Simeone que acabou por fazer a diferença: Carrasco actuou no lugar do mais defensivo Augusto Fernández, oferecendo ao meio-campo do Atlético um pendor mais ofensivo. Mas o alicerce de ambos os triunfos foram os mesmos. No centro do terreno, Saúl, Gabi e Koke foram novamente incansáveis, e Griezmann mostrou a determinação de sempre no ataque, limitando as acções de construção de jogo de Xabi Alonso.
Em vantagem no marcador, o Atlético soube recuar no terreno e segurar o resultado. Mas, ao contrário do assalto que fez à baliza contrária há cinco meses, o Bayern não se mostrou agora tão ameaçador. A verdade é que os adeptos madrilenos puderam mesmo desfrutar de mais uma célebre vitória europeia sem que os seus corações tenham sofrido muito.
Os visitantes acabaram com 63 por cento do tempo de posse de bola, mas os anfitriões mostraram-se sempre confortáveis e tiveram mesmo oportunidade de dilatar a vantagem numa grande penalidade perto do fim, ainda que, tal como fez na época passada em Munique, Griezmann tenha acertado na trave.