Nápoles demasiado forte para o Benfica
quarta-feira, 28 de setembro de 2016
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Três golos de rajada no início da segunda parte contribuíram sobremaneira para a derrota do Benfica em Nápoles, por 4-2, num jogo em que esteve a perder por 4-0.
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O Nápoles somou a segunda vitória em dois jogos e lidera destacado o Grupo B ao receber e vencer o Benfica, por 4-2, resultado que deixa os portugueses na cauda do Grupo F.
Marek Hamšík abriu o marcador na primeira parte para os anfitriões, que aumentaram a vantagem no início da segunda parte com bis de Dries Mertens e uma grande penalidade de Arkadiusz Milik. Gonçalo Guedes e Eduardo Salvio saltaram do banco para atenuar a derrota das "águias", que reagiram bem na segunda metade do segundo tempo.
Ainda com muitos jogadores ausentes por lesão, Rui Vitória introduziu várias alterações em relação aos últimos jogos, com Júlio César, André Carrillo e André Almeida a jogaram de início. O Benfica até começou bem e podia mesmo ter sido o primeiro a marcar, mas Kostas Mitroglou não aproveitou dois bonitos lances ofensivos da sua equipa e acabou por ser o Nápoles a ganhar vantagem, num desvio de cabeça de Hamšík ao primeiro poste, na sequência de um pontapé de canto.
Os "encarnados" tentaram reagir, mas as ocasiões de golo escassearam em ambas as balizas até ao intervalo, antes de uma entrada de rompante da turma napolitana, no segundo tempo, selar em definitivo o destino do jogo. No espaço de oito minutos, Mertens marcou de livre, Milik fez o mesmo de penalty e Mertens bisou. Os jogadores do Benfica começaram a acusar o avolumar do resultado e o Nápoles podia mesmo ter dilatado a vantagem.
Rui Vitória tentou, então, alterar o rumo dos acontecimentos e fez saltar do banco Salvio e Guedes. E acabaram mesmo por ser estes dois jogadores a assinarem os dois golos da equipa. Contudo, foi o melhor que o Benfica conseguiu, pelo que segue assim ainda sem qualquer vitória à entrada para o duplo embate com o Dínamo Kiev, cujo empate 1-1 na Turquia diante do Besiktas deixou tudo muito junto nos restantes três lugares.
Jogador-chave: Dries Mertens
O internacional belga bisou na partida e pelos seus pés passaram grande parte dos lances de maior perigo do Nápoles em toda a partida.
Momento
O Nápoles entrou com tudo nos segundos 45 minutos e o pontapé livre cobrado de forma brilhante por Mertens, aos 51 minutos, a fazer o 2-0, constituiu duro golpe para o Benfica. O campeão de Portugal acusou claramente esse golo e sofreu quase de imediato mais dois a fazer o resultado chegar a 4-0. A partir daí, pouco havia a fazer...
Reacções
Rui Vitória, treinador do Benfica
É evidente que não esperava sofrer aqui quatro golos. Mas foi um jogo que acaba por ser ingrato. As primeiras oportunidades de golo foram nossas, mas não as aproveitámos e isso sai caro numa prova como a Champions League. Vimo-nos a perder 1-0, tentámos corrigir alguns aspectos ao intervalo, mas tivemos aqueles dez minutos do segundo tempo de alguma desconcentração colectiva que foram penalizadores para nós. Acabámos, depois, pode fazer dois golos e minimizámos o prejuízo.
É um resultado ingrato, porque mostrámos personalidade, mas pela frente tivemos uma equipa italiana que aproveita muito bem qualquer erro adversário. Este grupo vai ser disputado até final. Há uma equipa com seis pontos, outra com dois e duas com um. Tudo ainda está em aberto.
Maurizio Sarri, treinador do Nápoles
Estou satisfeito e quero dar os parabéns ao meu jogador. Estou um pouco decepcionado com os golos sofridos perto do fim, mas houve muitas coisas que me deixaram feliz. Mostrámos que o nosso lugar é aqui, que queremos continuar aqui e os jogadores fizeram uma exibição espectacular.
Os dois golos que sofremos foram mais por nossa culpa do que por mérito do adversário. Isso permite aos jogadores perceberem que a este nível não se pode errar. A equipa tem de continuar sempre a progredir, porque se fosse uma eliminatória a duas mãos estes dois golos sofridos colocar-nos-iam em dificuldades.