Jogadores do Légia e o sonho da Champions League
quarta-feira, 14 de setembro de 2016
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Após 21 anos de ausência, o Légia regressa à fase de grupos da UEFA Champions League e defronta o Dortmund na ronda inaugural: os seus jogadores dizem-nos o que isso significa.
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Mais de duas décadas após ter atingido os quartos-de-final da UEFA Champions League de 1995/96, o Legia Varsóvia está de regresso à fase de grupos. O primeiro compromisso é esta quarta-feira, frente ao Borussia Dortmund, no Stadion Wojska Polskiego, antes de defrontar Sporting e Real Madrid.
O apuramento não foi fácil, com a turma polaca a ultrapassar Zrinjski, Trenčín e Dundalk em três eliminatórias equilibradas na qualificação. Mas depois de três presenças consecutivas em fases de grupos da UEFA Europa League, o Legia, semi-finalista da Taça dos Clubes Campeões Europeus em 1969/70, está mesmo de volta à principal competição europeia de clubes.
Conversámos com três dos seus jogadores – o goleador húngaro Nemanja Nikolić, a estrela Michał Kucharczyk e o experiente Steeven Langil, que já disputou a prova pelo Auxerre – sobre o que significa estar envolvido na UEFA Champions League.
- Nemanja Nikolić, avançado
Sempre segui a Champions League. Ansiava pelas terças e quartas-feiras para poder ver os jogos na televisão. Torci por várias equipas, mas o Barcelona é a minha equipa favorita desde criança.
Tem sido um ano especial para nós, com o clube a celebrar o seu 100º aniversário. Todos esperavam que nos sagrássemos campeões e vencêssemos a Taça [o que aconteceu], mas estar na fase de grupos da Champions League era apenas um sonho. O nosso objectivo era estar na fase de grupos da Europa League, pelo que estou encantado por termos tornado o sonho realidade.
- Michał Kucharczyk, avançado
Vai ser, sem dúvida, muito bom para as finanças do clube. Se compararmos o orçamento do Legia com o dos grandes clubes europeus, estamos muito atrás. Assim, esperemos que este sucesso sirva para abrir uma pequena porta que nos permita estar todos os anos na Champions League.
Apesar de termos demorado a chegar aqui, vamos tentar estar ao nível das equipas de média dimensão e até das equipas de topo. Claro que vamos precisar de vários anos para termos um orçamento que nos permita contratar jogadores. Pelo menos com a qualidade daqueles que essas equipas têm, pelo que para já vamos procurar desfrutar do que temos neste momento.
- Steeven Langil, médio
É algo de único e especial, porque a pressão é muita. É aqui que estão as melhores equipas do Mundo. É verdadeiramente maravilhoso. Nem todos os jogadores têm a oportunidade de actuar na Champions League, mas é realmente fantástico.
Lembro-me do meu primeiro jogo [em 2010/11, pelo Auxerre]. Foi em Milão e o treinador disse-me com antecedência que eu iria ser titular. Estava ansioso. Tinha 22 anos e mal consegui dormir na véspera, devido ao nervosismo. Depois, tive a felicidade de marcar ao Ajax, num jogo que vencemos por 2-1. Uma grande recordação. Foi fantástico.