Foto: Quando o Celtic eliminou o Barça
domingo, 4 de setembro de 2016
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O Celtic desloca-se a Barcelona na primeira jornada com claramente menor favoritismo, mas não sem esperanças - afinal, já foi anteriormente empatar a Camp Nou.
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Vencedor da Taça dos Clubes Campeões Europeus em 1967, o Celtic conheceu, no início do milénio, um renascimento europeu sob o comando técnico de Martin O’Neill. Infeliz ao perder, em 2003, uma épica final da Taça UEFA para o FC Porto, as suas esperanças de uma segunda presença consecutiva numa final europeia pareciam ténues quando conseguiu somente uma tangencial vantagem de 1-0 no duelo da primeira mão com o FC Barcelona. No jogo de retorno, testemunhado por mais de 10 mil adeptos visitantes em Camp Nou, o Celtic ofereceu uma lição defensiva, que lhe mereceu o apuramento para os quartos-de-final. O UEFA.com relembra essa noite inesquecível para os escoceses.
1. Neil Lennon
Médio bastante laborioso, Lennon viu a sua carreira disparar quando, em 1996, se transferiu do Crewe Alexandra para o Leicester. O internacional norte-irlandês tornou-se numa parte integral do conjunto de O’Neill, que conseguiu a subida à Premier League nessa época e conquistou duas Taças da Liga nos quatro anos seguintes. Em 2000, O’Neill mudou-se para o Celtic e Lennon não demorou a seguir as suas pisadas. Os "bhoys" conseguiram a "tripla" a nível interno para dar o melhor início a uma sequência de sete anos de sucessos. Lennon iniciou a sua carreira de treinador no Celtic, conquistando três títulos escoceses e duas Taças de Escócia nos quatro anos em que comandou a equipa. É agora o treinador do Hibernian.
2. Henrik Larsson
O ponta-de-lança nascido em Helsingborg deu-se a conhecer com 50 golos em 56 jogos da Liga sueca pelo clube da sua terra natal, que lhe valeram, em 1993, uma transferência para o Feyenoord. Mas viria a ser no Celtic, entre os anos de 1997 e 2004, que a sua carreira conheceria o ponto mais alto, durante os quais apontou 242 golos em 315 partidas e conquistou quatro títulos escoceses, duas Taças da Escócia e duas Taças da Liga. As lesões interromperam-lhe uma passagem de dois anos pelo FC Barcelona – apesar de duas assistências terem virado uma derrota para a vitória na final da UEFA Champions League de 2006 – e regressou ao Helsingborg para jogar mais três épocas, com uma curta pausa para um inesperado período de empréstimo ao Manchester United FC, em 2007. Larsson, que apontou 37 golos em 106 internacionalizações, é treinador do Helsingborg desde 2015.
3. Mohammed Sylla
"Momo" raramente foi titular durante as quatro temporadas no Celtic, mas a sua combatividade e versatilidade tornaram-no num jogador de equipa bastante fiável. O internacional guineense representou Créteil, Le Havre, Noisy-le-Sec e Le Mans antes de, em 2000, ingressar no St Johnstone e impressionou tanto na sua primeira temporada no futebol escocês que o Celtic o contratou por 770 mil euros. Sylla conseguiu a "dobradinha" interna em 2004, a Taça da Escócia de 2005 e foi suplente não utilizado na final da Taça UEFA de 2003. Terminou a carreira em 2007, após passagens pelo Leicester e Kilmarnock.
4. Stanislav Varga
O eslovaco era um jogador relativamente pouco utilizado no Sunderland, mas O'Neill transformou o defesa-central numa figura imponente, poderosa e omnipresente no centro da defesa do Celtic na época de 2003/04. Na altura em que, em 2006, regressou ao Sunderland, havia conquistado duas Ligas escocesas, duas Taças da Escócia e uma Taça da Liga escocesa e apontara impressionantes dez golos em 80 jogos da Liga escocesa. É, desde 2014, treinador do primeiro clube que representou como sénior, o Tatran Prešov, tendo conduzido a equipa ao título eslovaco da época passada.
5. Stephen Pearson
Pearson, então com 21 anos, chegara somente em Janeiro de 2004 à equipa, proveniente do Motherwell, mas produziu, apenas dois meses mais tarde, duas das melhores exibições de toda a sua carreira nos duelos dos oitavos-de-final da Taça UEFA com o Barcelona. Já internacional escocês, Pearson concluiu a temporada com uma "dobradinha" interna e foi eleito Jovem Jogador do Ano. As lesões abrandaram o seu desenvolvimento, mas, ainda assim, conseguiu uma carreira de respeito, tendo representado Derby County, Stoke City e Bristol City em Inglaterra, antes de uma segunda passagem pelo Motherwell. Pearson ainda não pendurou as chuteiras, pois evolui na Liga indiana, ao serviço do Atlético de Kolkata.
6. Stiliyan Petrov
Petrov ingressou no Celtic em 1999 proveniente do CSKA Sofia e conquistou dez troféus no clube, incluindo quatro Ligas escocesas. O Futebolista do Ano da Bulgária de 2003 apontou 65 golos em todas as competições como centro-campista, antes de, em 2006, O'Neill ter feito de si o seu primeiro jogador contratado para o Aston Villa. Adorado nos sete anos que passou em Villa Park, período durante o qual chegou às 105 internacionalizações pela Bulgária, Petrov foi obrigado a terminar a carreira em Maio de 2013 devido a leucemia. Regressou ao clube como técnico em 2015 e treinou com o plantel principal neste Verão, mas não lhe foi oferecido um contrato como jogador.
7. Ronaldinho
Após ter-se dado a conhecer a nível planetário no Mundial de 2002, que o seu Brasil conquistou, o talentoso brasileiro – considerado um dos melhores jogadores da sua geração – assinou pelo Barcelona em 2003 por cinco anos. Duas vezes vencedor do prémio Jogador do Ano FIFA e, também, do FIFA Ballon d'Or de 2005, ganhou dois títulos da Liga espanhola e a UEFA Champions League de 2006. O dianteiro até foi merecedor de uma ovação de pé dos adeptos do Real Madrid durante uma sumptuosa exibição em 2005 no Bernabéu. Cumpriu, depois, três temporadas no AC Milan, antes de cruzar o Oceano Atlântico para representar Flamengo, Atlético Mineiro e Fluminense no seu país e ainda os mexicanos do Querétaro. Não joga desde Setembro.
8. Liam Miller
O médio fez parte da selecção da República da Irlanda que venceu o Campeonato da Europa da UEFA de Sub-16 em 1998 e parecia destinado a uma carreira de sucesso quando, em 2004, assinou pelo Manchester United, após a sua época de afirmação no Celtic. No entanto, não conseguiu estabelecer-se nos dois anos que passou em Old Trafford e, após três temporadas no Sunderland, passou a ter uma carreira muito viajada. Seguiram-se passagens pelo QPR e Hibernian e jogou por três clubes na Austrália, antes de, em 2015, passar ao clube da sua terra natal, o Cork. Actualmente com 35 anos, Miller tem representado, desde Fevereiro passado, o Wilmington Hammerheads, do terceiro escalão americano.
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