Os 11 magníficos

André André e Maicon podem ter assinado os golos com que o FC Porto derrotou o Chelsea FC, por 2-1, na segunda jornada do Grupo D da UEFA Champions League, mas a verdade é que o sucesso dos "dragões" ficou-se a dever, essencialmente, ao trabalho colectivo. O UEFA.com analisa a prestação dos jogadores "azuis-e-brancos" e ajuda a explicar a vitória frente ao campeão inglês.

Iker Casillas
O guarda-redes internacional espanhol passou a deter o recorde de jogos (152) disputados na mais importante competição de clubes da Europa e essa experiência ficou bem patente quando negou o golo ao seu compatriota Cesc Fàbregas na fase inicial do encontro. Sempre muito acarinhado pelos adeptos portistas, Casillas nada pôde fazer para parar o livre cobrado por Willian e ainda viu Diego Costa acertar na trave, mas a sua tranquilidade e voz de comando revelaram-se cruciais.

Maxi Pereira
Um autêntico guerreiro no lado direito da defesa portista, o uruguaio não teve um momento de descanso durante os 90 minutos, até porque grande parte da manobra atacante do Chelsea  foi canalizada pelo seu flanco. Enorme na disponibilidade e na entrega, Maxi não foi tão ofensivo como no passado, mas o adversário exigia, acima de tudo, cuidados defensivos.

Martins Indi
Uma das surpresas apresentadas por Julen Lopetegui, o internacional holandês sentiu algumas dificuldades no arranque da partida, que o levaram mesmo a ver um madrugador cartão amarelo, mas subiu de rendimento com o avançar do cronómetro. A sua titularidade foi uma aposta ganha, já que o seu bom jogo aéreo se revelou preponderante no assalto final do Chelsea.

Maicon
Fez, provavelmente, a sua melhor exibição com a camisola do FC Porto desde que chegou ao clube em 2009. Intransponível pelo ar e pelo chão, o capitão portista ainda logrou encontrar inspiração no lado oposto do relvado para assinar, de cabeça, o tento que acabou por se revelar decisivo nas contas finais. Simplesmente perfeito.

Marcano
Não se encolheu perante o cartão amarelo visto logo aos 25 minutos, com a sua velocidade e poder de antecipação a serem uma constante até ao apito final.

Rúben Neves
É um "menino" apenas no bilhete de identidade, com a maturidade e confiança que apresenta em campo a serem tudo menos características de um jovem de apenas 18 anos de idade. Saiu esgotado, mas com o sentimento de dever cumprido, sendo premiado com uma ovação em pé por parte dos adeptos.

Danilo
Importante na forma como ajudou a sua equipa a ganhar a batalha do meio-campo, Danilo ficou muito perto do 3-1 já na recta final do encontro, quando cabeceou ao poste.

Imbula
Muitos foram aqueles que não esconderam o seu espanto e desconfiança quando o Porto pagou, no início desta temporada, 20 milhões de euros pelo concurso de Giannelli Imbula. O médio francês precisou de alguns jogos para se adaptar a uma nova realidade, mas terá dissipado esta terça-feira todas as dúvidas em redor da sua qualidade, ao assinar uma portentosa exibição. O Chelsea nunca encontrou um antídoto para as suas arrancadas.

André André
Tinha sido o herói contra a Benfica e voltou a fazer das suas em mais um compromisso de elevado grau de exigência. Estava no sítio certo para recargar com êxito o primeiro remate de Brahimi, mas a sua exibição foi muito mais do que isso. Sempre em alta rotação, já é preponderante na manobra "azul-e-branca".

Brahimi
Os seus movimentos fazem lembrar uma serpente, tal é a forma como desliza sobre os adversários. Acabou por se revelar, mais uma vez, determinante para o triunfo portista, já que foi seu o remate que permitiu a André André assinar o 1-0.

Aboubakar
A saída de Jackson Martínez ameaçava ser uma dor de cabeça para os "dragões", mas Vincent Aboubakar não se fez rogado e aproveitou ao máximo a oportunidade para mostrar que é um ponta-de-lança de eleição. Velocidade, técnica apurada, coragem para arriscar e espírito de sacrifício são apenas alguns dos seus predicados. Só faltou mesmo marcar.