Messi pode fazer história em Berlim contra a Juventus
domingo, 31 de maio de 2015
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Se Lionel Messi marcar à Juventus, o melhor marcador de sempre do Barcelona fará história na UEFA Champions League ao tornar-se no primeiro a fazê-lo em três finais.
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Aos 27 anos, Lionel Messi soma já três triunfos no troféu mais cobiçado da Europa. Reunindo uma impressionante colecção de troféus e de recordes, o internacional argentino aponta agora ao quarto triunfo continental pelo Barcelona e a um individual na final de 6 de Junho.
Caso o nº10 do Barça marque à Juventus, em Berlim, torna-se no primeiro jogador a fazê-lo em três finais da UEFA Champions League, depois de ter apontado golos ao Manchester United FC, em 2009 e 2011 (falhou a de 2006 por estar lesionado). Se marcar aos “bianconeri”, Messi eclipsará jogadores como Raúl González, Samuel Eto'o, antigo colega nos “blaugrana” e o seu parceiro desta época no topo dos melhores marcadores, Cristiano Ronaldo.
Lionel Messi (FC Barcelona 2009, 2011)
Nas duas anteriores finais em que participou, em Roma e em Wembley, Messi teve contribuição decisiva ao marcar em cada um dos jogos – uma terceira vez em outras tantas finais fará história na UEFA Champions League. Em 2009, na sua primeira final, fez o segundo e crucial golo da equipa de Josep Guardiola. Um cabeceamento preciso ao poste mais distante, na sequência de um cruzamento longo da direita, de Xavi Hernández, bateu o guarda-redes do United, Edwin van der Sar, e valeu ao Barcelona o triunfo por 2-0.
Messi voltou a marcar em 2011 numa partida em que foi eleito o melhor em campo e cuja exibição inspirou o campeão espanhol a bater, em Londres, os homens de Alex Ferguson. O seu golo logo a abrir a segunda parte – num poderoso remate de pé esquerdo a 20 metros da baliza – recolocou o Barça a vencer, antes de David Villa fazer o 3-1 final e cessar a resistência do United.
Com dez golos, Messi está empatado no topo da classificação dos melhores marcadores com Ronaldo. O 78º tento na competição, feito sem precedentes, fará dele o máximo goleador da prova pela quinta vez, além de consumar o marco notável de fazer golos nas três finais que disputou.
Raúl González (Real Madrid CF 2000, 2002)
Antigo melhor marcador da UEFA Champions League, Raúl saboreou a glória nesta prova por três vezes ao serviço dos “blancos”. O antigo internacional espanhol marcou por 71 vezes em 144 partidas da principal competição europeia de clubes e deu contributo decisivo para os triunfos em Paris e Glasgow.
Raúl marcou a 15 minutos do fim contra o Valencia CF, em 2000, ao contornar o guarda-redes “che”, Santiago Cañizares, antes de marcar e ajudou a equipa de Vicente del Bosque a alcançar o oitavo título europeu graças ao triunfo por 3-0. Em 2002, no centenário do Real Madrid, o goleador tornou-se no primeiro jogador a marcar em duas finais da UEFA Champions League. Fez o tento de abertura na vitória por 2-1 sobre o Bayer 04 Leverkusen antes de Zinédine Zidane assumir o destaque.
Samuel Eto'o (FC Barcelona 2006, 2009)
“Não sou especialista a ganhar competições”, afirmou o internacional camaronês após erguer pela terceira vez a “taça das orelhas grandes” – em 2010, ao serviço do FC Internazionale Milano. No entanto, o seu contributo nas conquistas europeias do Barça e do Inter foi quase insignificante.
Na sua primeira final europeia, e com a sua equipa em desvantagem por um golo em 2006, liderou a reacção catalã ao fazer, perto do fim, o tento do empate contra o Arsenal FC, reduzido a dez, antes dos homens de Frank Rijkaard somarem o segundo título “blaugrana”.
Três anos depois, o atacante – que apontou 33 golos na prova – voltou a marcar presença, desta feita contra o Manchester United. Com apenas dez minutos decorridos, Eto'o abriu o marcador ao fugir à marcação de Nemanja Vidić antes de marcar. Na época seguinte fez parte da equipa “nerazzurri” que pôs fim a 45 anos de espera pelo troféu, completando o segundo triplete seguido para Eto’o.
Cristiano Ronaldo (Manchester United FC 2008, Real Madrid CF 2014)
O fenómeno de Portugal foi agraciado com a Bola de Ouro da FIFA pelo segundo ano consecutivo, após quebrar um recorde europeu em 2013/14. O seu 17º golo na prova – de grande penalidade na final de Lisboa – fez de Ronaldo o quarto jogador a marcar em duas finais da UEFA Champions League. Vitorioso em 2008 pelo United e vice-campeão 12 meses depois, Ronaldo pôde, finalmente, desfrutar da sua terceira final: os “merengues” bateram por 4-1 o vizinho Club Atlético de Madrid e terminaram com 12 anos de espera pela “Décima”.
O jogador de 30 anos marcou também na sua primeira final, numa decisão por grandes penalidades, em 2008, contra o Chelsea FC. Ronaldo marcou para os “red devils” antes do conjunto de Londres empatar. Apesar de ter desperdiçado o terceiro penalty do United, Ronaldo pôde celebrar no Estádio Luzhniki.
Alfredo Di Stéfano (Real Madrid CF 1956, 1957, 1958, 1959, 1960)
Ícone do clube dez vezes campeão europeu, o atacante nascido na Argentina foi parte essencial da equipa lendária do Real Madrid do final da década de 1950 e início da de 1960. “ A seta loura” é também o detentor de um notável registo de golos em finais da taça dos campeões: Di Stéfano jogou e marcou em cinco finais consecutivas da competição, guiando os “blancos” à vitória nas primeiras edições. Partilha com o seu antigo colega de equipa, Ferenc Puskás, o recorde de sete golos em jogos decisivos.