Como o Barcelona atingiu a final da Champions League
sábado, 30 de maio de 2015
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Com Lionel Messi, Neymar e Luis Suárez no ataque, é sem surpresa que o Barcelona está em Berlim, mas a campanha teve outros destaques, como explica Graham Hunter.
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De regresso à final após quatro anos de ausência, o FC Barcelona ambiciona conquistar o seu quinto título europeu, e depois de combinar solidez na retaguarda com um ataque espectacular, terá boas possibilidades de o conseguir em Berlim.
História da época
A entrada de Luis Enrique para o lugar de Gerardo Martino, no início do Verão, assinalou o regresso de um herói do clube, apesar de alguém com uma carreira de treinador sénior curta e que nunca tinha ultrapassado as meias-finais desta competição. Inicialmente existiram as dúvidas habituais sobre se o processo de "ambientação" entre jogadores de topo bem sucedidos, com estatuto de super-estrelas, e um técnico com uma mentalidade forte e pensamento independente.
No entanto, a reviravolta nas três principais competições disputadas, desde a primeira semana de Janeiro, tem sido espectacular. Vinte e nove vitórias, dois empates, duas derrotas, 101 golos marcados e 22 sofridos. O Barcelona, tal como a Juventus, já é campeão nacional mas tem a final da Taça de Espanha para disputar, a 30 de Maio, antes da final de Berlim.
Registo esta época: J12 V10 E0 D2 GM28 GS10
Momento crucial
Sem dúvida o primeiro golo de Lionel Messi frente ao FC Bayern München, na primeira mão das meias-finais. O embate estava, até ao momento, a ser absolutamente titânico – possivelmente o futebol de mais elevada qualidade, intenso e livre de erros que já se viu. Excelência estratégica e 22 jogadores a darem o máximo em cada lance para obterem a mais pequena vantagem. Restavam apenas 13 minutos. Manuel Neuer começou o ataque com o seu característico lançamento manual rápido, Juan Bernat tentou aproveitar para contra-atacar desde a retaguarda, mas Daniel Alves, bastante atento, desarmou-o. Com um ligeiro toque e rapidez, a bola chega a Messi, e subitamente não só Neuer está batido, o resultado em 1-0, como também mais golos estavam para chegar.
Jogador-chave
Candidatos não faltam. Marc-André ter Stegen fez defesas cruciais desde a sua estreia, na primeira jornada, frente ao APOEL FC, até Munique, na segunda mão das meias-finais. O impacto de Luis Suárez e Neymar tem sido enorme. Mas Messi está muitos furos acima dos restantes. Muito inspirado do início ao fim na competição, o seu desempenho frente ao Manchester City FC, na segunda mão dos oitavos-de-final, foi tão épica que, por si só, podia chegar para vencer esta categoria.
Herói improvável
Entre as opções contam-se Sergio Busquets e Gerard Piqué, que ao longo dos últimos anos têm estado a grande nível. Mas o vencedor é Luis Enrique, que pode imitar o feito de Josep Guardiola ao conquistar uma "tripla" de troféus na época de estreia. Adeptos, comunicação social e alguns jogadores demoraram meses até se habituarem à rotatividade e experiências do asturiano na primeira metade da época, mas isso veio a revelar-se fundamental para a excelente forma do Barcelona em 2015.
Número: 1.020
Número de segundos que faltavam para o fim quando Messi marcou o primeiro dos seus dois golos frente ao Bayern, em Camp Nou. Dezassete minutos, ou 1.020 segundos depois, o resultado estava em 3-0 e a eliminatória praticamente decidida.
Frase
"Messi é imparável"
Josep Guardiola após a exibição do argentino na primeira mão frente ao Bayern.