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Real Madrid encontra força no banco

As opções de Carlo Ancelotti valeram ao Real Madrid a primeira vitória da época no derby, com Joe Walker, do UEFA.com, a detalhar a forma como o treinador remodelou a sua equipa.

Real Madrid 1-0 Atlético: a história em fotos ©Getty Images

Quando Javier Hernández apontou na quarta-feira o golo aos 88 minutos, não carimbou apenas a quinta presença consecutiva do Real Madrid CF nas meias-finais da UEFA Champions League – ajudou também o campeão europeu a retirar um peso dos seus ombros.

Desde que em Maio passado emergiram vitoriosos em Lisboa, os "merengues" defrontaram por sete vezes o Club Atlético de Madrid, não tendo conseguido vencer qualquer jogo diante do rival citadino. Um registo total de três empates e quatro derrotas contra a equipa de Diego Simeone não era uma boa imagem para Carlo Ancelotti, mas o italiano tratou de conseguir que o oitavo – e mais importante – jogo da época pendesse a seu favor.

"Foi difícil, como é sempre contra o Atlético. Eles defenderam bem, lutaram e tiveram muito carácter", disse o treinador do Real Madrid, que partiu para a decisão da eliminatória tendo que lidar com as ausências do trio de lesionados Gareth Bale, Karim Benzema e Luka Modrić, além do castigado Marcelo. O treinador de 55 anos surpreendeu com a escolha do defesa Sergio Ramos para o centro do meio-campo, na tentativa de finalmente quebrar o enguiço frente ao Atlético, uma aposta que, no final, valeu a pena.

"Falei com o Sergio [sobre jogar no meio-campo] e convenci-o de que poderia jogar nessa posição", disse o italiano. "Foi importante poder contar com ele, pois é muito perigoso no jogo aéreo, possui bastante experiência e confere muita força e qualidade à equipa".

Ao invés de alterar completamente o seu sistema, Ancelotti manteve a confiança no tradicional 4-3-3. Fábio Coentrão foi pela primeira vez titular a defesa-esquerdo desde a derrota caseira com o FC Schalke 04, por 4-3, enquanto James Rodríguez surgiu mais adiantado em relação à sua posição habitual no meio-campo, para substituir Bale no flanco, com Hernández a liderar o ataque na ausência de Benzema.

De início pareceu que o Atleti poderia frustrar o Real Madrid. O visitante mostrou de forma clara que é um osso duro de roer e porque tinha sofrido apenas um golo nas últimas oito partidas da UEFA Champios League, combinando uma defesa sólida com um guarda-redes como Jan Oblak, inspirado a ajudar os "colchoneros" a encaminhar a decisão dos quartos-de-final para o prolongamento. No entanto, a dois minutos do fim, Hernández surgiu no sítio certo à hora certa, após uma iniciativa de Cristiano Ronaldo, para destroçar mais uma vez o sonho do Atlético, merecendo um elogio particular do seu treinador.

"Ele jogou muito bem – estava lá para isso", disse Ancelotti. "Passou um período difícil, em que não jogou muito, pelo que merece o golo que marcou. Ele foi importante para nós. Nunca deixou de trabalhar no duro, mesmo nos momentos mais difíceis, e isto é uma recompensa para ele".

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