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Cinco lições aprendidas no Shakhtar-Bayern

Devia Robert Lewandowski ter sido titular no Bayern? Podia o Shakhtar ter mostrado maior ambição? O repórter do UEFA.com, Richard van Poortvliet, explica.

Shakhtar 0-0 Bayern: a história em fotos ©Getty Images

O repórter Richard van Poortvliet dá-nos a sua opinião sobre o nulo caseiro alcançado pelo FC Shakhtar Donetsk na recepção ao FC Bayern München e antevê a partida da segunda mão.

Deveria Lewandowski ter sido titular?
Foi uma noite frustrante para o Bayern, com muita posse de bola mas apenas um remate na direcção do alvo. As melhores ocasiões de golo criadas pelos visitantes, ainda na primeira parte, perderam-se devido a dois toques infelizes de Thomas Müller. É verdade que Robert Lewandowski apenas marcou por uma vez neste novo ano mas, tendo em conta o seu faro pelo golo, o polaco teria, muito provavelmente, aproveitado uma dessas oportunidades.

Lucescu devia ter forçado mais na busca da vitória?
É natural que os jogadores do Shakhtar tenham evidenciado maior cansaço no segundo tempo, sendo este o seu primeiro jogo oficial de 2015. Ainda assim, com o Bayern reduzido a dez a 25 minutos do fim, Mircea Lucescu podia ter optado por tentar forçar mais para partir em vantagem para Munique, mas o técnico romeno optou por manter-se cauteloso perante um adversário tão poderoso nas transições ofensivas e terá sido a opção certa, tendo em conta a falta de condição física apresentada pelos quatro brasileiros do ataque dos ucranianos.

O Shakhtar ainda tem hipóteses
Lucescu pode continuar a acreditar na passagem da sua equipa aos quartos-de-final. Os seus pupilos conseguiram travar as ricas opções de ataque do Bayern e não sofreram qualquer golo em casa, o que é sempre importante. Se voltar a defender bem na segunda mão, o Shakhtar pode acreditar numa surpresa em Munique. Jogará em contra-ataque, cabendo ao Bayern assumir as despesas do jogo, o que certamente favorecerá o estilo de homens como Luiz Adriano ou Taison.

Noite para esquecer de Alonso
No seu 100º jogo na UEFA Champions League, Xabi Alonso viu um cartão vermelho que o vai afastar da segunda mão. A sua ausência deixa um dilema a Josep Guardiola: voltar a apostar em dois médios-defensivos, talvez lançando David Alaba nessa posição, ou colocar em campo uma formação mais ofensiva, podendo assim dar a titularidade a Lewandowski?

Classe defensiva de Shevchuk
Vyacheslav Shevchuk foi o melhor jogador em campo. Com uma excelente exibição, o defesa de 35 anos conseguiu anular por completo Arjen Robben, a principal arma ofensiva do Bayern. O holandês soma quatro golos desde a paragem de Inverno, mas na Ucrânia viu-se travado pela disciplina táctica de Shevchuk. O lateral-esquerdo saiu muitas vezes da sua posição para seguir Robben para todo o lado e foi decisivo no merecido empate conseguido pelo Shakhtar.

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