Benfica termina era de ouro do Real Madrid
terça-feira, 7 de outubro de 2014
Sumário do artigo
SL Benfica 3-2 FC Barcelona
O Barcelona tornou-se na primeira equipa a bater o rival Real Madrid na Taça dos Campeões Europeus, mas acabou derrotado pelo Benfica de Béla Guttman.
Conteúdo media do artigo
Corpo do artigo
A Taça dos Clubes Campeões Europeus teve novos vencedor, o SL Benfica, após o fim do monopólio de cinco anos do Real Madrid CF na nova competição às mãos do FC Barcelona.
Mas a esperança dos catalães em suceder ao arqui-rival como campeão continental foi frustrada pelo Benfica, que, como o Real Madrid em três dos seus triunfos, recuperou de desvantagem para vencer a final.
De facto, o Barcelona ganhou vantagem em Berna e, aos 20 minutos, assumiu a liderança do marcador, com Sándor Kocsis a mergulhar para cabecear um cruzamento de Martín Vergés. Koscis voltou a estar perto do golo pouco depois, igualmente de cabeça, mas o defesa Mário João anulou o lance em cima da linha de baliza.
Em cima da meia-hora, porém, começou um período de dois minutos que virou o jogo. Primeiro quando Joaquim Santana encontrou o extremo esquerdo Domiciano Cavém desmarcado e este rematou rasteiro para golo. Depois quando Enrique Gensana não conseguiu o alívio completo e José Águas marcou na recarga.
O Benfica ainda mal comemorava o golo e surgiu logo outro. Gensana e Santana disputaram um bola pelo ar, mas o defesa do Barça desviou inadvertidamente a bola para a trave da sua baliza e enganou o guarda-redes Antoni Ramallets num autogolo bizarro – o primeiro numa final da Taça dos Campeões Europeus.
O Barcelona pressionou durante o resto da partida, mas sem sucesso. E dez minutos depois do intervalo o Benfica voltou a marcar. Mário Coluna passou para o Cavém e após cruzamento deste, a bola voltou para o Coluna e o seu remate forte de primeira não deu hipóteses a Ramallets, o capitão do Barcelona.
A 15 minutos do fim, outro dos jogadores húngaros do Barcelona, Zoltán Czibor – autor de um golo na derrota do seu país na final do Campeonato do Mundo da FIFA de 1954, frente à República Federal da Alemanha, quando jogou ao lado de Kocsis –, marcou de forma igualmente enfática tal como Coluna. E o resultado do jogo passava a estar novamente em aberto.
Mas, por mais que tentasse, o Barcelona não conseguiu voltar a bater a defesa do Benfica. A Taça dos Campeões Europeus rumou assim a um novo país – e o sonho do Barcelona em adicionar este troféu às duas primeiras vitórias na Taça das Cidades com Feira terminou ali mesmo.