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Embates espanhóis entre Barcelona e Atlético

O Barcelona-Atlético de terça-feira será o 50º jogo entre equipas espanholas nas provas de clubes da UEFA e ambos estiveram envolvidos em vários, alguns deles memoráveis.

Lionel Messi assinou um golo soberbo no terreno do Real Madrid nas meias-finais da UEFA Champions League, em 2011
Lionel Messi assinou um golo soberbo no terreno do Real Madrid nas meias-finais da UEFA Champions League, em 2011 ©Getty Images

Como seria de esperar de um país que conta com o registo recorde de 13 títulos de campeão europeu de clubes, as provas da UEFA ditaram já vários embates entre clubes espanhóis, o mais recente dos quais terá lugar quando FC Barcelona e Club Atlético de Madrid entrarem em campo terça-feira, para medirem forças na primeira mão dos quartos-de-final da UEFA Champions League.

Será o 11º embate 100 por cento espanhol apenas na mais importante competição europeia de clubes e o 50º no conjunto de todas as competições europeias. Muitas dessas eliminatórias envolveram, naturalmente, Barcelona ou Atlético, clubes que entre si totalizam 17 troféus europeus. O UEFA.com recorda os melhores desses encontros.

1958/59, meias-finais da Taça dos Campeões Europeus
Real Madrid CF 2-1/0-1/2-1 Club Atlético de Madrid
A série de cinco vitórias nas cinco primeiras edições da Taça dos Campeões Europeus alcançada pelo Real Madrid esteve bem perto de se ficar pelas três por culpa do seu grande rival citadino. Numa altura em que os golos fora ainda não serviam como forma de desempate, Enrique assinou o único golo da partida da segunda mão e levou a decisão da eliminatória para um jogo de desempate, em Saragoça, e apesar de ter voltado a marcar nesse encontro para restabelecer a igualdade após Alfredo Di Stéfano ter inaugurado o marcador para o Real, Ferenc Puskás decidiu o jogo aos 42 minutos.

1959/60, meias-finais da Taça dos Campeões Europeus
Real Madrid CF 3-1/3-1 FC Barcelona
1960/61, primeira eliminatória da Taça dos Campeões Europeus
Real Madrid CF 2-2/1-2 FC Barcelona
O Real Madrid acabou por erguer o troféu em 1959 e chegou a nova final na edição seguinte após bater sem grandes problemas o Barcelona, em casa e fora, antes de revalidar o título com o célebre triunfo por 7-3 sobre o Eintracht Frankfurt, em Glasgow. Mas na temporada seguinte, quando partia em busca do sexto título, tudo foi diferente.

O Barcelona tinha já deixado pelo caminho o K. Lierse SK na pré-eliminatória e viu o sorteio colocar-lhe uma vez mais pela frente o Real. Desta feita, porém, o Barça empatou 2-2 no Santiago Bernabéu, com Luis Suárez a restabelecer por duas vezes o empate, na segunda vez de penalty, e depois, em Camp Nou, 120 mil espectadores foram levados ao rubro quando Martín Vergés e Evaristo ofereceram à turma catalã uma clara vantagem na eliminatória. O Real Madrid ainda reduziu, por intermédio de Canário, aos 87 minutos, mas a sua hegemonia tinha chegado ao fim.

1976/77, quartos-de-final da Taça UEFA
Athletic Club 2-1/2-2 FC Barcelona
1979/80, quartos-de-final da Taça dos Vencedores das Taças
FC Barcelona 0-1/3-4 Valencia CF
O Barcelona perdeu a final da Taça das Cidades com Feira, competição não organizada pela UEFA, para o Valencia CF em 1962 e conquistou essa prova quatro anos depois, ao bater o Real Zaragoza no jogo decisivo. Mas o Atlético pode ganhar alento no facto de os dois embates seguintes do Barça na Europa com formações espanholas, ambos em quartos-de-final, terem resultado na eliminação da turma catalã. O Athletic Club afastou o Barcelona da Taça UEFA em 1976/77 e o Valência eliminou a formação "blaugrana" da Taça dos Vencedores das Taças três anos depois. O Athletic acabaria por chegar à final e o Valência viria a conseguir mesmo erguer o troféu.

1999/2000, meias-finais da UEFA Champions League
Valencia CF 4-1/1-2 FC Barcelona
Na década de 1990, tanto o Atlético como o Barcelona venceram eliminatórias da terceira ronda da Taça UEFA frente a formações do seu país; o Barça levou a melhor sobre o Sevilla FC em 1995/96 e o Atleti derrotou a Real Sociedad de Fútbol três anos mais tarde. Porém, foi na época seguinte que o futebol espanhol começou a deixar realmente a sua marca, ao fornecer três dos semifinalistas da UEFA Champions League logo na primeira temporada em que tal foi possível.

Ambas as equipas tinham estado em excelente plano em casa, mas falhado fora de portas nas rondas anteriores, pelo que o Valência sabia que teria de ganhar vantagem no Mestalla; embora o Barça ainda tenha conseguido restabelecer o empate, a turma "che" chegou ao intervalo a vencer por 3-1 e Kily González assistiu Claudio López para o 4-1 já nos descontos. O Barcelona acabou por vencer a partida da segunda mão por 2-1, mas os seus dois golos acabaram por surgir já perto do final do encontro, com a eliminatória já decidida. O Valência perderia depois com o Real Madrid em Paris, naquela que foi a primeira final da mais importante competição europeia de clubes disputada por formações do mesmo país.

2001/02, meias-finais da UEFA Champions League
FC Barcelona 0-2/1-1 Real Madrid CF
O Barcelona bateu o RC Celta de Vigo graças aos golos fora nos quartos-de-final da Taça UEFA de 2000/01, depois de eliminado da UEFA Champions League na fase de grupos; no ano seguinte, porém, redimiu-se e chegou às meias-finais da competição principal. Tal como havia sucedido 42 anos antes, o adversário foi o Real Madrid e o desfecho foi o mesmo: Zinédine Zidane e Steve McManaman ofereceram à turma da capital uma vantagem confortável em Camp Nou, fazendo do segundo jogo uma mera formalidade. Tal como em 1960, o Real Madrid bateria depois na final uma equipa alemã, o Bayer 04 Leverkusen, com uma grande exibição e um golo memorável de Zidane, em Hampden Park, a valerem aos madrilenos o seu nono título europeu.

2010/11, meias-finais da UEFA Champions League
Real Madrid 0-2/1-1 FC Barcelona
Nove anos depois, o Real Madrid continuava em busca da "décima" e o Barcelona tinha conquistado o troféu em 2006 em 2009, após o seu primeiro e muito aguardado triunfo de 1992. A rivalidade entre os dois clubes tinha-se intensificado mais do que nunca ao longo da década e, quando o Barça teve oportunidade de se desforrar da derrota de 2002, poucos preveriam que o desfecho seria precisamente o oposto do anterior embate.

Lionel Messi, em grande forma, marcou dois golos perto do fim no Bernabéu, o segundo dos quais na sequência de uma fantástica jogada individual, já depois de Pepe ter recebido ordem de expulsão. A passagem à final foi selada uma semana depois, em Camp Nou, debaixo de uma chuva torrencial, e o Barcelona viria a bater o Manchester United FC pela segunda vez em três finais para assim celebrar a conquista do seu quarto título europeu de clubes. Os catalães procuram, ainda, o quinto, apesar de seis triunfos consecutivos em quartos-de-final.

2009/10, quartos-de-final da UEFA Europa League
Valencia CF 2-2/0-0 Club Atlético de Madrid
2011/12, meias-finais da UEFA Europa League
Club Atlético de Madrid 4-2/1-0 Valencia CF
2011/12, final da UEFA Europa League
Club Atlético de Madrid 3-0 Athletic Club
Apesar de estar nesta fase da mais importante competição europeia de clubes pela primeira vez em 17 anos, o Atlético tem brilhado a grande altura na UEFA Europa League desde a introdução dessa prova, em 2009. Afastado da UEFA Champions League na fase de grupos depois de três empates e três derrotas em 2009/10, superiorizando-se ao APOEL FC na luta pelo terceiro posto do grupo apenas graças aos golos fora, os madrilenos seguiram para a renovada Taça UEFA, onde ninguém os conseguiu parar.

O embate com o Valência, nos quartos-de-final, surgiu depois de o Atlético afastar o Sporting Clube de Portugal com um empate 0-0 em casa e uma igualdade 2-2 fora. O Valência, curiosamente, também tinha ultrapassado o SV Werder Bremen nos oitavos-de-final graças aos golos fora, após dois empates, pelo que não foi surpresa que o frente-a-frente dos quartos-de-final entre as duas equipas fosse decidido da mesma forma. Diego Forlán e Antonio López colocaram o Atlético na frente no Mestalla, mas o Valência respondeu e chegou à igualdade, antes de um nulo em Madrid ditar o apuramento da formação da capital. O Atlético bateu, depois, Liverpool FC e Fulham FC para erguer o seu primeiro troféu europeu em 48 anos.

Dois anos mais tarde a turma madrilena voltou a conquistar o troféu. O Valência voltou a surgir no seu caminho, desta feita nas meias-finais, e um bis de Falcao abriu caminho àquele que acabou por ser um tranquilo triunfo. O Athletic foi, de seguida, o adversário do Atlético em Bucareste, numa final onde Falcao – autor do golo do triunfo do FC Porto sobre os compatriotas do SC Braga na edição anterior – bisou ainda antes do intervalo para o Atlético, antes de Diego fechar a contagem.

Falcao, que tinha uma impressionante média de golos frente ao Barcelona, deixou o Atlético no passado Verão, mas ajudou às boas memórias da turma madrilena nos embates recentes com formações espanholas nas provas europeias. E o Barcelona terá de estar bem atento na terça-feira, em Camp Nou: no último embate 100 por cento espanhol nas competições europeias, nos oitavos-de-final da presente edição da UEFA Europa League, o Sevilha perdeu 2-0 em casa com o Real Betis Balompié na primeira mão, acabando contudo por vencer fora na segunda mão pelo mesmo resultado e seguir em frente no desempate por penalties.

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