Martino grato pela atitude do Barcelona

Gerardo Martino, treinador do Barcelona
Esta não foi, seguramente, uma semana fácil. Enfrentámos o maior adversário com que podíamos ter sido emparelhados, uma equipa que podia ter ido mais longe no torneio. Este jogo era um momento de superação. Houve fases em que tivemos o controlo e outras em que tivemos de lutar. O City esteve mais em jogo quando eram 11 contra 11, foi mais perigoso. [Na primeira mão] pareceu termos jogado uma eternidade com vantagem numérica. Este foi um encontro em que ambas as equipas tiveram oportunidades.

Esta noite eles entraram em campo com vontade de dar a volta, enquanto nós não nos permitimos o luxo de nos sentirmos confortáveis, apesar da vantagem. Sofremos algumas vezes; era previsível que o City teria a bola em sua posse em alguns momentos. Não nos sentimos à vontade quando não tivemos posse de bola e lutámos muito em lances de bola parada.

O Manchester City não é o tipo de equipa com quem queiramos dividir a posse de bola, e foi por isso que jogámos como o fizemos esta noite. É possível que continuemos a jogar desta forma sempre que encontrarmos equipas que sabem fazer boa circulação de bola.

Não temos apenas de assinalar a presença dos nossos adeptos esta noite, também a atitude que tiveram ao apoiar a equipa [foi também impressionante]. Precisávamos disso e acho que foi um reconhecimento a estes jogadores, que deram tanto a esta equipa.

Rubén Cousillas, treinador-adjunto do Manchester City 
Na segunda parte tivemos três ou quatro oportunidades jogando apenas com um avançado, mas não podemos dizer que teríamos as mesmas se tivéssemos actuado com dois. Normalmente jogamos com dois homens na frente, mas frente ao Barcelona, com um meio-campo tão forte, pensámos que era necessário reforçar o meio-campo. Penso que o resultado não teria sido diferente.

Às vezes marcamos, outras não. Tentámos, tivemos as nossas oportunidades e por vezes é possível concretizá-las. Temos de continuar a trabalhar, mas estamos contentes com a equipa e a actuação. Os jogadores são seres humanos, não máquinas, e é normal ter momentos menos bons quando se fazem tantos jogos.

É ainda cedo para saber quanto tempo [Sergio Agüero] vai ficar de fora. Não achamos que seja algo de sério. Ele sentiu dores musculares, mas foi mais precaução que outra coisa. Vamos fazer testes para determinar a lesão.

Fizemos um bom jogo contra um adversário muito bom. Tivemos oportunidade para fazer o primeiro golo quando ainda estava 0-0. Eles também tiveram oportunidades, mas estivemos em bom nível. É óbvio que foi difícil jogar com dez homens frente a uma equipa tão poderosa, mas vamos para casa satisfeitos com o rendimento da equipa.