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Fonseca lamenta domínio sem golos

Ambos os treinadores reconheceram que o Porto foi melhor na primeira parte, com Paulo Fonseca a lamentar que o domínio portista não se tenha materializado em golos.

Domenico Criscito (à esquerda), do Zenit, tenta travar Josué
Domenico Criscito (à esquerda), do Zenit, tenta travar Josué ©AFP/Getty Images

Luciano Spalletti, treinador do Zenit
Sem dúvida que jogámos para ganhar. Não consigo explicar porque é que começámos a Champions League tão mal, mas não é a primeira vez que estamos numa situação destas. Na primeira parte o Porto foi a melhor equipa, talvez tenha sido mais forte do que nós fisicamente. Mas a caminho do intervalo conseguimos encontrar o nosso ritmo e na etapa complementar tomámos a iniciativa. Nem consigo descrever o quão bem os meus rapazes jogaram na segunda parte.

Devo dizer que hoje todos os nossos substitutos jogaram bem – não precisaram de tempo para começarem a produzir. Temos um plantel com vários recursos. Por isso é que Andrey Arshavin, que por vezes não participa no processo defensivo, esteve em todo o lado hoje.

Sobre o penalty [falhado por Hulk], acredito que os jogadores que estão em campo é que devem decidir quem marca. Eles sentem melhor estas coisas do que o treinador, que está um pouco à margem.

Paulo Fonseca, treinador do Porto
No somatório destes dois jogos, fomos superiores ao Zenit. Esta noite, dominámos nos principais índices estatísticos, como posse de bola e remates à baliza e, no entanto, não conseguimos ganhar. A equipa está triste, mas não vai desistir. Faltam dois jogos e, desde que continuemos a jogar assim, o apuramento é possível.

Quando erramos, fazemo-lo todos. Nesse aspecto eu sou o principal responsável. O golo sofrido não retira o mérito da equipa, que fez uma primeira parte de grande nível. O problema é que estamos numa fase em que, ao mais pequeno erro, somos castigados. Não me surpreendeu a atitude do Zenit, apostado no contra-ataque. Na primeira parte controlámos os acontecimentos, pena é que não tenhamos conseguido concretizar as oportunidades criadas.

Não há vitórias morais. A verdade é que só houve uma equipa que quis vencer - a nossa. Agora as contas estão mais difíceis, mas enquanto for matematicamente possível, vamos continuar a lutar.

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