McNeill revive triunfo do Celtic em Lisboa
terça-feira, 17 de setembro de 2013
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A final desta temporada será em Lisboa e Billy McNeill, o único homem a erguer o troféu de campeão europeu na cidade, contou ao UEFA.com sobre o dia, em 1967, no qual o Celtic arrecadou o título.
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Quando a temporada da UEFA Champions League se concluir em Lisboa, no dia 24 de Maio de 2014, trará à memória a única final da Taça dos Campeões disputada na capital portuguesa, há 47 anos.
A final decorreu no Estádio Nacional, em 1967 e, contra todas as previsões, o FC Internazionale Milano, de Helenio Herrera, estando em vantagem ao intervalo, foi batido por 2-1 pelo Celtic FC, a primeira equipa que não do Sul da Europa a erguer o troféu. Tornou-se no único clubes escocês campeão europeu. O triunfo do Celtic foi ainda mais notável pelo facto de o plantel ter sido feito com jogadores da região de Glasgow, um feito único.
Orgulhoso por erguer o troféu nesse dia estava o capitão Billy McNeill, que estabeleceu um recorde no clube de 68 participações nas provas europeias, antes de ter sucesso como treinador no Celtic. O novo embaixador do emblema de Glasgow, McNeill conversou com o UEFA.com sobre a famosa noite de Maio, na qual ele e os seus colegas de equipa passaram a ser conhecidos como "Leões de Lisboa".
A chegada ...
"Sempre tivemos a atitude de um por todos e todos por um, podemos vencer se estivermos por cima no jogo. A verdade é que o clube italiano que defrontámos na final era magnífico e, logo após a saída do túnel, começaram a cantar, pelo que nós começámos também a cantar, mas ainda mais alto do que eles e penso que isso nos ajudou. Saímos para o campo e levámos esse espírito connosco."
O apoio ...
"Olhámos para eles e as pessoas que tinham viajado da Escócia estiveram maravilhosas. Não paravam de chegar a Lisboa, provavelmente nunca tinha estado fora de Glasgow, mas quiseram participar e fizeram história. Foi maravilhoso."
Ao ataque ...
"O facto de terem marcado logo no início tornou tudo óbvio para nós. A única coisa que tínhamos a fazer era ganhar-lhes o jogo e isso funcionou a nosso favor. Era a nossa forma de jogar. Eles não se adaptaram e isso foi bom para nós."
Em frente ...
"Foi magnífico. Tenho de ser honesto convosco. Ainda não consigo descrever como me senti naquele momento, mas na altura soubemos o que fazer. Disse aos meus colegas: 'Temos de vencer este jogo! Não podemos deixá-los jogar!' E eles desapareceram naquele momento."
O apito final ...
"Os adeptos estavam a cumprir uma tarefa, o que nos encorajou a continuar o nosso trabalho, mas foi excelente. Após termos conseguido ficar em vantagem na partida nunca mais pensámos que iríamos perder e isso resultou. Foi o que nos valeu. Conseguimos algo nunca feito anteriormente e foi fantástico."
O regresso a casa ...
"Foi magnífico. Durante o regresso não imaginávamos o que tínhamos à nossa espera. Quando saímos do aeroporto de Glasgow e ao longo da London Road rumo ao Celtic Park, havia milhares de pessoas que queriam ver o que estava a acontecer, e isso tocou-nos. Foi o que nos fez tomar consciência do feito que havíamos conseguido e isso foi lindo."