Giggs à altura dos acontecimentos no United
segunda-feira, 4 de março de 2013
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"É destes jogos que vou sentir falta quando deixar de jogar", reconheceu Ryan Giggs antes da segunda mão dos oitavos-de-final entre Manchester United e Real Madrid.
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A disputar pela 18ª vez a UEFA Champions League, e perto de celebrar o seu 40º aniversário, Ryan Giggs continua forte. Tal deve-se, em grande parte, à sua notável saúde e capacidade física, mas talvez mais importante ainda seja a sua atitude mental, que se mantém mais fresca do que nunca.
"Procuro desenvolver o meu futebol todas as temporadas e continuo a fazê-lo", garantiu o veterano internacional galês à Champions Matchday. E foi precisamente isso que demonstrou ao entrar em campo à passagem dos 60 minutos no empate do United, 1-1, no terreno do Real Madrid CF, na primeira mão dos oitavos-de-final da UEFA Champions League. Giggs é, hoje, um médio perfeitamente adaptado às exigências do futebol actual, facto digno de registo para um antigo extremo.
"Deixei de basear tanto o meu jogo na minha velocidade, de tentar ultrapassar os defesas e desequilibrá-los, e passei a actuar noutras posições do terreno de jogo", explicou. "Sinto-me tão confortável a jogar no centro do meio-campo como na esquerda. Tenho a experiência de jogar na ala esquerda e agora procuro assumir outra posição no terreno de jogo e tentar fazer passes que causem problemas às defesas contrárias, em vez de ser eu próprio a partir para cima delas com a bola controlada. O que importa é ser eficiente e eficaz em campo."
Giggs soma, até à data, 28 golos na UEFA Champions League, um registo impressionante para um jogador que nunca foi ponta-de-lança. Tornou-se no futebolista mais velho a assinar um golo na competição quando, com 37 anos e 289 dias, marcou no empate 1-1 do United no terreno do SL Benfica, em Setembro de 2011. "Marcar um golo é o desafio mais complicado e duro que há na Champions League. Para mim isso foi-se tornando menos comum, pelo que quando consigo marcar sinto uma felicidade ainda maior."
Giggs enfrentou o Real Madrid em 2000 e 2003, nos quartos-de-final, e admite que o jogo da segunda mão, em Old Trafford, poderá vir a ser o seu último contra o gigante espanhol. "É destes jogos que se sente falta quando se deixa de jogar e quando, como eu, nos estamos a aproximar do final das nossas carreiras, tentamos desfrutá-los ao máximo."
