2008/09 Chelsea FC 4-4 Liverpool FC: Crónica
sexta-feira, 6 de julho de 2012
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"Durante toda a primeira parte, estivemos tensos e gelados pelo medo de sermos eliminados." Didier Drogba
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Inesperadamente colocado dois meses antes na liderança interina da equipa, Guus Hiddink retomou o trabalho que os seus antecessores haviam deixado ao apurar o Chelsea FC para uma quinta presença nas meias-finais da UEFA Champions League em seis temporadas - mas foi enorme o susto que o Liverpool FC deu aos londrinos.
A derrota dos "Reds" por 3-1 constituía uma enorme barreira a ultrapassar, mas um livre directo de Fábio Aurélio e uma grande penalidade de Xabi Alonso rapidamente empataram a eliminatória. O Chelsea reagiu com grande ímpeto com golos na segunda parte de Didier Drogba, Alex e Frank Lampard. Ainda assim, o Liverpool não baixara a toalha. Um remate desviado de Lucas e um cabeceamento de Dirk Kuyt deixaram os adeptos da equipa da casa a recearem o pior, antes de Lampard ter voltado a marcar, a um minuto do final, deixando um aliviado Chelsea a caminho de um duelo com o FC Barcelona.
Sem poder contar com o lesionado Steven Gerrard, o desejo do Liverpool foi visível desde o apito inicial, mas os seus passes na fase inicial não tinham a precisão necessária, mesmo apesar de terem criado uma boa oportunidade aos 13 minutos, com Fernando Torres a rematar por cima. No entanto, os "Reds" não demoraram a acertar, pois, quando beneficiaram de um livre directo do lado direito, a punir puxão de Lampard a Torres, Fábio Aurélio iludiu a barreira, colocando a bola junto ao poste mais próximo da baliza à guarda de Petr Čech.
O Liverpool estava em alta e não demorou a marcar de novo: Branislav Ivanović foi penalizado por um puxão na área a Xabi Alonso, que calmamente converteu o castigo máximo. Hiddink procurou de imediato rejuvenescer a equipa, substituindo Salomon Kalou por Nicolas Anelka. O ponta-de-lança demorou a encontrar o seu ritmo, mas uma boa iniciativa pelo lado esquerdo levou a que o Chelsea retomasse a liderança na eliminatória. Um lance perigoso com a bola a ser jogada sob pressão foi recolhida por Drogba junto à linha final e José Manuel Reina não conseguiu evitar que a bola entrasse junto ao poste mais próximo.
Seis minutos depois, a liderança do Liverpool no encontro foi anulada através de um livre directo de Alex cobrado com tanta força quanta precisão. E, aos 76 minutos, o Chelsea parecia ter resolvido a questão, quando Drogba se isolou e Reina não conseguiu impedir a conclusão fácil de Lampard.
A 11 minutos do final, um remate longo de Lucas tabelou em Michael Essien e, depois, incrivelmente, Kuyt marcou de cabeça, a cruzamento de Albert Riera. Mais um golo e o Liverpool voltaria à vantagem na eliminatória, mas a derradeira palavra caberia a Lampard, que apuraria o Chelsea para grande alívio dos "Blues".