Bayern apura-se para a final nas grandes penalidades
quarta-feira, 25 de abril de 2012
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Real Madrid CF 2-1 FC Bayern München (total: 3-3, 1-3 g.p)
Ronaldo bisou pelos "merengues", mas falhou no desempate por penalties, onde Neuer e Schweinsteiger foram decisivos.
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O FC Bayern München disputará a final da UEFA Champions League, a 19 de Maio, no seu próprio estádio, frente ao Chelsea FC, gorando assim José Mourinho de reencontrar a sua antiga equipa, depois de ter derrotado o Real Madrid CF, na capital espanhola, no desempate por grandes penalidades.
O Real Madrid entrou de rompante no encontro e, ainda antes dos 15 minutos, já vencia por 2-0, colocando-se no controlo da meia-final graças a dois golos de Cristiano Ronaldo, que assim chegou aos dez tentos noutras tantas partidas na presente edição da prova. O primeiro surgiu aos seis minutos, na transformação de uma grande penalidade a punir mão de David Alaba a remate de Ángel di María. O português converteu o lance com classe, enganando Manuel Neuer. O germânico também nada pôde fazer oito minutos volvidos para evitar o segundo golo de Cristiano Ronaldo, que concluiu com um colocadíssimo remate rasteiro um passe de Mesut Özil, que beneficiara de um ressalto de bola.
A mediar os tentos dos "merengues", o Bayern dispusera de duas ocasiões para empatar a contenda, mas, primeiro, Arjen Robben (7') rematou, já na pequena-área, ao lado, após cruzamento de Alaba e, depois, Mario Gomez (14') viu Iker Casillas defender o seu remate, entretanto mal recargado por Franck Ribéry. No entanto, os bávaros empatariam a eliminatória aos 27 minutos, através de uma grande penalidade a punir empurrão de Pepe a Gomez na área. Casillas ainda chegou à bola, mas o remate de Robben foi demasiado colocado para o espanhol. O Real Madrid acusou bastante o golo do Bayern e, até ao intervalo, menção somente para um remate de Karim Benzema ligeiramente ao lado, ao qual Gomez respondeu com um forte disparo defendido com as pernas por Casillas, que voltaria a brilhar no derradeiro lance da primeira parte, ao defender com categoria um livre rasteiro de Robben.
Comparativamente com o primeiro tempo, a segunda parte, embora bastante intensa, foi muito menos atractiva. O Real Madrid sentiu, com o golo de Robben, que o Bayern tinha capacidade para marcar em qualquer altura e, por isso, jogou mais na expectativa, ao mesmo tempo que o Bayern acertava nas marcações, e Philipp Lahm não mais deixou Cristiano Ronaldo solto para rematar, excepto quando este dispôs de livres directos, disparados por cima ou à figura de Neuer. Gomez podia ter decidido a meia-final a favor do Bayern a quatro minutos do fim, mas perdeu tempo antes de rematar e permitiu que Sergio Ramos interviesse, pelo que não houve outra hipótese que não o recurso ao prolongamento.
A meia-hora suplementar nada trouxe de novo, pelo que foi necessário o recurso às grandes penalidades. Aí apresentavam-se a equipa que procurava o décimo título, frente àquela que sonhava jogar a final no seu estádio. Alaba, que partia para o desempate sabendo que não poderia jogar a final devido a suspensão, converteu a primeira tentativa para o Bayern e Cristiano Ronaldo, que apontara 25 grandes penalidades consecutivas pelos "merengues", rematou para a defesa de Neuer. Gomez, mais frio, não falhou e Neuer susteve o remate de Kaká. Mas Kroos permitiu a defesa de Casillas que, intercalado com o acerto de Xabi Alonso, também travou o remate de Lahm. Sergio Ramos rematou, depois, para as nuvens e, com a decisão nos seus pés, Schweinsteiger bateu Casillas com eficácia e concretizou o sonho bávaro.