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Boateng, viagem de Berlim a Milão

O médio Kevin-Prince Boateng, do Milan, disse à revista Champions que a educação rígida e a determinação do irmão mais velho ajudaram-no a afirmar-se como jogador.

Boateng, viagem de Berlim a Milão
Boateng, viagem de Berlim a Milão ©UEFA.com

Neste extracto de uma entrevista para a mais recente edição da revista Champions, o médio Kevin-Prince Boateng, do AC Milan, reflecte sobre o seu crescimento complicado em Berlim e os seus ídolos desportivos.

Como foi crescer em Berlim?

É semelhante a Londres, a Tottenham, talvez. Existem muitas pessoas sem emprego e bastante crime. Mas toda a gente tem lutas na vida e a minha foi sair de uma zona problemática de Berlim. Ajudou-me muito a caminho de tornar-me jogador profissional, transformando-me num ídolo e num bom exemplo. Mesmo as crianças de Berlim olham para mim. Esta é a minha missão: mostrar-lhes que é possível sair de um ambiente complicado e alcançar os nossos objectivos.

Sempre quis ser jogador profissional?

Nem por isso. Quando se é jovem, não se pensa naquilo que queremos ser no futuro. Eu só jogava futebol porque me divertia com isso. Quando fiz 16 anos é que comecei a sonhar em ser jogador.

Qual foi a sua maior influência durante a adolescência?

O futebol sempre esteve presente na minha família: o meu pai, irmãos, até a minha mãe costumava jogar. A maior influência foi o meu irmão mais velho, que sempre puxou muito por mim – às vezes se calhar até demasiado – porque nunca chegou a ser jogador profissional. Era muito talentoso. Crescer desta forma ajudou-me a ser jogador profissional.

Quem eram os seus ídolos no futebol?

Gostava de ver muitos jogadores, mas Pelé era o meu maior ídolo porque também é negro, marcou muitos golos e teve bastante sucesso. Também gostava de Rivaldo porque sempre achei ter uma forma de jogar semelhante à dele.

Há alguém que admire fora do futebol?

O meu maior ídolo é Muhammad Ali e, claro, Michael Jordan. Existem bastantes desportistas que respeito, mas esses dois são incríveis.

Quais são os seus principais passatempos fora do futebol?

O basquetebol é um dos meus desportos favoritos, adoro jogar e ver jogos na televisão. Também gosto de cantar e de dançar.

Vimo-lo fazer o "moonwalk" diante de milhares de adeptos, nos festejos da conquista do "scudetto", na época passada. Michael Jackson também era um ídolo?

Foi um herói ao longo de toda a minha juventude e mesmo agora está presente na minha vida todos os dias, porque ainda ouço as suas músicas. Para mim, ele é simplesmente o melhor cantor e melhor dançarino: tudo. Toda a gente o imita. Há um pouco de Michael Jackson em todos os cantores e escritores. Quando ele morreu, foi um choque para mim. Ajudou-me a atravessar muitos períodos difíceis, porque as letras das suas músicas conseguem ajudar qualquer um em dificuldades. Comentei no balneário que faria o "moonwalk" se ganhássemos o campeonato e os jornais pegaram nisso. Mas penso que foi uma boa ideia fazê-lo.

Se o Milan ganhar a Serie A novamente esta época, como pensa festejar?

Não vou voltar a prometer nada! Veremos. Primeiro é preciso ganhar o título – isso é o mais importante.

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