Aimar quer Benfica de cabeça fria

Depois de terem visto a equipa ganhar 18 dos 21 jogos em casa desta época, os adeptos do Benfica devem sentir-se bastante bem, mas agora podem dar um contributo ainda mais importante. O médio Pablo Aimar espera mesmo que o Estádio da Luz seja um vulcão na partida com o Chelsea FC.  

Na antevisão da primeira mão dos quartos-de-final da UEFA Champions League, Aimar falou do "empurrão extra" que os adeptos do Benfica poderão dar à equipa numa noite que espera ser memorável. "Em casa, os adeptos têm sido fundamentais para nós com o impulso extra que nos dão e, amanhã, com o estádio cheio, será enorme", afirmou. "Este jogo será especial devido à competição, ao nome do adversário, que é grande, e à atmosfera fantástica."

O Benfica não perde em casa há dez jogos europeus, mas Aimar sabe que à sua espera estará um Chelsea "a melhorar" desde a saída do treinador anterior, o português André Villas-Boas. "Nos últimos jogos, eles têm estado melhor." Dito isto, o argentino entende que os resultados do campeonato contam pouco quando está um lugar nas meias-finais em jogo.

"Estes encontros são diferentes, pois são decididos em 180 minutos, por vezes com prolongamento, pelo que as exibições do resto da temporada não interessam. O que interessa é o que se faz aqui", disse.

"Não há favoritos nesta eliminatória", acrescentou o médio, autor de um dos golos marcados pelo Benfica ao Manchester United FC na fase de grupos. "Não seria inteligente falar aqui dos pontos fracos do Chelsea. Trata-se de uma grande equipa. Tem de ser para ter chegado até aqui. Tem alguns dos jogadores mais conhecidos do mundo, pelo que será de certeza um grande adversário."

O plantel do Chelsea inclui dois ex-companheiros de equipa de Aimar, o defesa-central David Luiz e o médio Ramires, que ajudaram o clube de Lisboa a conquistar o título português em 2010. "Foi um prazer jogar com David Luiz e Ramires, que são dois grandes amigos", referiu, acrescentando que a amizade não terá significado quando a bola começar a rolar. "Espero que este não seja um regresso feliz para eles."

Aimar espera mesmo é que, depois de ter ficado de fora na vitória por 2-0 sobre o FC Zenit St Petersburg, na segunda mão dos oitavos-de-final, o seu regresso possa ser vitorioso, de modo a esquecer de vez a expulsão da passada sexta-feira no empate a zero com o SC Olhanense. Nesse jogo, Aimar entrou no início da segunda parte, mas viu "o primeiro cartão vermelho directo em 15 anos" 18 minutos depois. Segundo o argentino, esse momento já passou e "a equipa tem de mandar a cabeça fria". Pelo contrário, e se o seu desejo se concretizar, o público nas bancadas estará mais quente do que nunca.