Coração não trava Christos Kontis
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
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Christos Kontis teve um problema cardíaco este Verão e foi obrigado a terminar a carreira no APOEL, mas o defesa já traçou novos objectivos, afirmando: "Agora tenho uma vida diferente e estou a gostar".
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Christos Kontis recebeu uma notícia desagradável a 29 de Agosto de 2011. Seis dias depois de ter ajudado o APOEL FC a garantir a qualificação para a fase de grupos da UEFA Champions League, o defesa teve a sensação que ia desmaiar após um nulo frente ao AEK Larnaca FC. Os exames médicos revelaram que tinha sofrido um ataque cardíaco e que teria de abandonar o futebol.
"É algo que raramente acontece a um atleta como eu", afirmou ao UEFA.com. "Sempre tive cuidados com a saúde, nunca fumei e sempre levei uma vida profissional. Todos os meus testes físicos anteriores tinham dado excelentes resultados."
Os colegas de equipas, entre os quais estão os portugueses Paulo Jorge, Hélio Pinto e Nuno Morais, também ficaram surpreendidos. "Foi um grande choque", afirmou o avançado brasileiro Aílton. "Estávamos sentados juntos no autocarro, quando ele teve de ir ao hospital com o médico, mas ninguém estava ao corrente do problema. No dia seguinte, um amigo disse-me que ele estava internado com um problema cardíaco e fui visita-lo imediatamente."
Este problema de saúde impediu Kontis de jogar na principal competição de clubes da Europa, mas o antigo jogador do Panionios FC, Olympiacos FC e AEK Athens FC considera que nem tudo é mau.
"Os médicos tomaram bem conta de mim e recuperei a minha vida", explicou. "É como se nada tivesse acontecido. Sinto-me muito bem, melhor a cada dia que passa. É uma situação que não vai colocar entraves à minha vida normal. Nunca estive tão activo, posso jogar futebol, ténis e outros desportos que aprecio, mas que não tinha tempo para praticar ou que não jogava para não me cansar. Agora tenho uma vida diferente e estou a gostar."
O antigo jogador de 36 anos ficou sensibilizado pela reacção das pessoas a esta situação. "Recebi muito amor e apoio dos meus colegas, amigos e até de pessoas desconhecidas", destacou. "Recebo e-mails e telefonemas todos os dias. Não tenho palavras para descrever aquilo que sinto, é muito agradável receber todo este apoio. Dá-me força para continuar, porque a vida não pára."
O grego não vai defrontar o FC Zenit St Petersburg, FC Shakhtar Donetsk e FC Porto, mas está a descobrir que a vida vai muito para além do futebol.
"A vida é a coisa mais importante", afirmou. "Tenho família, dois filhos e a minha mulher. Só penso neles. O futebol é uma parte de mim. Adoro-o. Dei tudo ao desporto, mas agora vejo tudo por outra perspectiva. Considero que a saúde é o mais importante. Agora tenho uma nova vida pela frente."