2007/08: SV Werder Bremen 3-2 Real Madrid CF: Crónica
segunda-feira, 4 de julho de 2011
Sumário do artigo
"Sabíamos que tínhamos a oportunidade de transformar um sonho em realizada, mas não pensávamos que fosse assim." Thomas Schaaf
Conteúdo media do artigo
Corpo do artigo
Na liderança da Liga espanhola e a apenas um ponto dos oitavos-de-final, o Real Madrid CF foi surpreendido por uma exibição do SV Werder Bremen cheia de energia e vigor.
A formação da Bundesliga precisava de vencer para manter vivas as esperanças de apuramento – como veio a mostrar. Explosivo desde o início, a vantagem do Bremen aos cinco minutos era a receita ideal. No entanto, foi preciso mais do que um pouco de sorte na sua concepção. A má recepção de Boubacar Sanogo, deixando a bola bater-lhe no ombro após um cruzamento de Clemens Fritz, colocou-a sem querer à disposição de Markus Rosenberg, que atirou contra o relvado, fazendo-a passar por cima de Iker Casillas.
Se esse lance foi pleno de sorte, o empate do Real foi rico em qualidade. Marcelo colocou a bola em Robinho que, bem aberto na esquerda, flectiu para o centro do terreno com uma subtil mudança de velocidade e rematou em arco para fora do alcance de Christian Vander.
Podia ter sido o início da recuperação do Real, impondo a sua autoridade, mas o Bremen não esteve pelos ajustes. De facto, a sua energia permaneceu intacta e mostrou toda a sua excelência no segundo golo.
Rosenberg foi o protagonista, ganhando a bola no seu próprio meio-campo, ultrapassando Fernando Gago e resistindo ao duelo com Christoph Metzelder, antes de cruzar com calma para o meio. O remate à meia-volta de Sanogo, de primeira, concluiu um belo lance de ataque.
De seguida, Ruud van Nistelrooy desperdiçou uma oportunidade flagrante para empatar e. quase dois minutos depois, assistiu com inveja à compostura exibida pelo Bremen e que de forma tão incaracterística lhe faltou. Daniel Jensen picou a bola por cima da defesa do Real e Aaron Hunt, no seu primeiro jogo depois de mais de seis meses de ausência, desviou-a para o fundo das redes à saída de Casillas, mostrando que quem sabe nunca esquece.
Van Nistelrooy mostrou o seu instinto goleador a 19 minutos do fim quando, numa fracção de segundo, apercebeu-se do adiantamento de Vander e fez-lhe um "chapéu". Mas faltou força ao Real, depois de ter sido devastado por uma magnífica exibição do Bremen, naquilo que o seu treinador, Thomas Schaaf, descreveu com uma "noite extraordinária".