Ferguson promete corrigir erros
sexta-feira, 27 de maio de 2011
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A história estará sempre presente quando se juntam Barcelona, Manchester United e Wembley, e tanto Alex Ferguson como Josep Guardiola acreditam que haverá espectáculo na final da UEFA Champions League.
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É impossível não recordar a história sempre que juntamos FC Barcelona, Manchester United FC e Wembley, mas Alex Ferguson diz que esta será a melhor forma de levar a equipa que recentemente se sagrou campeã de Inglaterra a conquistar o quarto título europeu.
O escocês continua a reescrever os registos de recordes com as proezas que tem conseguido em Old Trafford, tendo recentemente ultrapassado o Liverpool FC com a conquista do 19º título inglês, mas o treinador não esquece os momentos em que os desfechos não foram tão positivos. Na sexta-feira, no encontro com a imprensa em Wembley, Ferguson fez questão de destacar que tem aprendido com os desaires do passado, como a derrota por 4-0 no terreno do FC Barcelona, em 1994, que levou o United a iniciar uma trajectória ascendente que culminou com o triunfo na final da UEFA Champions League de 1999, sobre o FC Bayern München, também em Camp Nou. O treinador acredita que esta equipa do Manchester United não vai permitir a repetição da desilusão do encontro com os "blaugrana" há dois anos, na final de Roma.
Ferguson não deixou de recordar essa derrota por 2-0, afirmando: "Ficámos desiludidos por perder o jogo. Porém, não é uma questão de desforra, mas sim de defender o nosso orgulho. Desta vez estamos muito concentrados e a nossa preparação foi melhor. Considero que em Roma cometi um ou dois erros, mas desta vez está tudo bem."
A confiança do treinador escocês é alicerçada em diversos factores, como a "evolução de Wayne Rooney a jogar na Europa" desde 2009, a solidez do eixo defensivo constituído por Nemanja Vidić e Rio Ferdinand e a "acutilância" que Antonio Valencia trouxe à equipa desde que recuperou de uma grave lesão. Ferguson também avaliou a potencial influência de Javier Hernández, que deverá ser titular no ataque do United: "Ele tem atitude, velocidade e movimentação. Tudo o que um avançado precisa."
Esta é a terceira final do United em quatro anos, enquanto o Barcelona vai tentar averbar o terceiro triunfo na UEFA Champions League em seis épocas para, tal como o United, somar a quarta vitória na Taça dos Clubes Campeões Europeus, logo no local onde conquistou o primeiro título. Estas duas equipas lendárias estão a viver um período próspero nas competições europeias e Alex Ferguson acredita que estão reunidas todas as condições para um clássico.
"As duas equipas tiveram um enorme sucesso nos últimos dez anos," destacou. "Esta poderá ser a melhor final da década. Estas grandes equipas têm um passado extraordinário, o que ajuda a gerar uma expectativa ainda maior por aquilo que poderá acontecer. Pode haver muitos golos, emoção e tenho a certeza que vamos assistir a bom futebol. Está tudo pronto, espero não me enganar."
O outro treinador, Josep Guardiola, também espera um bom jogo. "Quando chegamos a uma final e as duas equipas querem vencer, ambas querem jogar, as duas respeitam a bola e querem atacar. Penso que o resto do Mundo tem garantido uma grande final para presenciar."
O treinador do Barcelona, que chegou a estar nos planos de Alex Ferguson antes de deixar a Catalunha para jogar em Itália, considera que a sua equipa terá de jogar melhor em Wembley do que fez em Roma, para voltar a levar a melhor sobre os campeões ingleses. "Temos que fazer algumas coisas de forma diferente do que em 2009, especialmente em relação à intensidade nas diferentes fases do jogo," explicou, muito possivelmente enquanto recordava os primeiros dez minutos do embate em Roma, que foi dominado pelo United, até ao golo de Samuel Eto'o.
Guardiola deverá contar pela primeira vez com o capitão Carles Puyol desde o encontro da segunda mão das meias-finais com o Real Madrid CF, e o espanhol poderá alinhar a defesa-esquerdo, com Javier Mascherano a actuar ao lado de Gerard Piqué no eixo da defesa, embora Éric Abidal também esteja disponível. "Estão ambos preparados física e mentalmente. Estou muito satisfeito com estes regressos, o Puyol teve uma lesão no joelho e o Abidal foi obrigado a remover um tumor do fígado. Estes regressos simbolizam a nossa vontade de voltarmos a ser campeões europeus."