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Empate suficiente para o Barça

FC Barcelona 1–1 Real Madrid CF (total: 3-1)
Os "merengues" não foram além do empate, resultado que confirmou a presença do Barcelona na final de Wembley.

Éric Abidal (no ar) é saudado pelos seus colegas de equipa do Barcelona
Éric Abidal (no ar) é saudado pelos seus colegas de equipa do Barcelona ©Getty Images

O FC Barcelona confirmou a presença na final da UEFA Champions League pela segunda vez em três anos, depois do empate 1-1 frente ao Real Madrid CF, em Camp Nou, ter valido uma vitória total por 3-1 sobre o principal rival de Espanha.

Numa partida que alternou períodos de muita posse de bola e poucas oportunidades de golo com fases mais intensas, o Barça fez valer o resultado da primeira mão. O conjunto catalão chegou a dilatar a vantagem graças a um golo de Pedro Rodríguez na segunda parte, mas Marcelo igualou pouco depois e estabeleceu o resultado final.

Consciente da tarefa difícil que tinha pela frente, o suspenso José Mourinho armou a equipa de forma diferente para atacar o Barça. Sem os castigados Sergio Ramos e Pepe, fez regressar à titularidade Ricardo Carvalho e introduziu uma referência no eixo do ataque: Gonzalo Higuaín. O Barcelona, por seu lado, fez apenas uma alteração em relação à equipa que venceu por 2-0 em Madrid, com Seydou Keita a ceder o seu lugar no meio-campo ao recuperado Andrés Iniesta.

A primeira parte teve dois períodos distintos. O primeiro marcado por um jogo muito táctico, ainda que jogado a um ritmo intenso, em que o lance mais perigoso pertenceu aos "blaugrana", aos 21 minutos, quando Xavi Hernández marcou um canto e Sergio Busquets cabeceou  para as mãos de Iker Casillas.

A partir dos 32 minutos assistiu-se a um período intenso de ataque do Barcelona e de onde emergiram duas figuras: Lionel Messi e Casillas. O argentino testou a atenção do guardião com um remate em jeito, após diagonal da direita para o meio, para defesa segura. Depois, num ataque rápido, serviu David Villa, que na passada rematou em arco para defesa espectacular de Casillas. Por fim, aos 36, Villa cruzou atrasado e Messi, com o pé direito, atirou rasteiro para uma defesa apertada do capitão "merengue".

O melhor que o Real conseguiu fazer foi num lance em que Xabi Alonso solicitou Cristiano Ronaldo e este cruzou de pronto para a área, onde Victor Valdés se antecipou a Higuaín e conjurou o perigo.

No início da etapa complementar, "sinal mais" para o Real, que teve inclusivamente um golo anulado a Higuaín. Mas, aos 53 minutos, o Barcelona inaugurou o marcador e como que deu a estocada final na eliminatória.

Iniesta fez um passe a rasgar e isolou Pedro, que recebeu a bola e rematou de pronto para o fundo das redes. No Real, Higuaín cedeu o seu lugar a Emmanuel Adebayor, sendo que os visitantes acabaram por chegar ao golo por intermédio de Marcelo. Cruzamento da direita para Angel Di Maria, que fintou Javier Mascherano na área e atirou com estrondo ao poste. Na recarga, a bola sobrou para o extremo, que serviu Marcelo para o empate.

A partir dai o jogo passou a disputar-se numa toada morna, sem grandes riscos de parte a parte, e em que o Barcelona parecia estar satisfeito com o empate e o Real sem grandes argumentos para contrariar o domínio "culé". A terminar, destaque para o regresso à competição de Eric Abidal, recuperado de uma operação ao fígado, que substituiu Carles Puyol.

Perspectiva-se agora uma reedição da final de 2009, em que o Barcelona defrontou o Manchester United FC, aguardando-se pelo desfecho da outra meia-final.