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Mourinho confiante apesar das ausências

Com vários jogadores importantes ausentes, Mourinho sofreu a sua primeira derrota caseira em nove anos, mas o técnico luso acredita que os substitutos estarão à altura quando o Real receber o Tottenham.

José Mourinho vai, terça-feira, orientar um Real Madrid desfalcado frente ao Tottenham
José Mourinho vai, terça-feira, orientar um Real Madrid desfalcado frente ao Tottenham ©Getty Images

Sem poder contar com Cristiano Ronaldo, Karim Benzema, Kaká e Marcelo, José Mourinho sofreu, no sábado, a sua primeira derrota em jogos em casa desde 2002, com o Real Madrid CF a perder surpreendentemente por 1-0 na recepção ao Real Sporting de Gijón.

Os quatro jogadores deverão, igualmente, ficar de fora terça-feira, quando a formação madrilena receber o Tottenham Hotspur FC na primeira mão dos quartos-de-final da UEFA Champions League, mas Mourinho acredita que os seus substitutos estarão à altura da ocasião. "Os jogadores deram sempre tudo o que tinham nos clubes por onde passei," lembrou ao UEFA.com. "Claro que a lesão [de Ronaldo] é um rude golpe, mas o que podemos fazer? Temos de entrar em campo com os jogadores que se encontram disponíveis."

Sábado, porém, não corresponderam às expectativas e foram incapazes de impedir o desaire do Real, batido por um golo de Miguel de las Cuevas à passagem do minuto 79, que silenciou o Santiago Bernabéu e condenou o Real a uma derrota. Resultado que permitiu ao FC Barcelona aumentar para oito os pontos de vantagem no topo da classificação e pôs fim ao impressionante registo de 150 jogos caseiros seguidos sem perder de Mourinho: o último desaire do treinador português num jogo em casa datava de 23 de Fevereiro de 2002, quando o Beira-Mar foi vencer por 3-2 ao terreno do FC Porto.

Segue-se, agora, o embate com o Tottenham, equipa que tem surpreendido na sua caminhada até aos quartos-de-final, tendo já levado a melhor sobre Inter, na fase de grupos, e AC Milan, nos oitavos-de-final. Mourinho não tem dúvidas quando à qualidade do adversário. "Têm uma boa equipa, com um excelente treinador e jogadores", salientou. "Chegaram aqui depois de baterem o campeão europeu em título e de deixarem pelo caminho o Milan, a segunda melhor equipa da história da competição a nível de títulos conquistados."

O técnico português tenta tornar-se no primeiro treinador a guiar três clubes diferentes à conquista do título europeu. Depois de ter erguido o troféu ao leme de FC Porto, em 2004, e de FC Internazionale Milano, na última temporada. E tal objectivo encontra-se já a apenas cinco jogos de distância.

Caso ultrapasse os "spurs", o Real vai ter depois pela frente, nas meias-finais, FC Barcelona ou FC Shakhtar Donetsk. "Estou satisfeito porque não queria defrontar nem o Inter nem o Chelsea," referiu Mourinho. "Satisfeito por isso e porque também nas meias-finais não vou defrontar nenhum dos meus antigos clubes."

"Fico contente por assim ser, mas, se os acabar por enfrentar, não terei problemas em fazê-lo," prosseguiu. "Na última época defrontei o Chelsea com o Inter; é uma questão de nos desligarmos dos nossos laços sentimentais, mas tal é algo que não é fácil para mim. Por isso, não ter de o fazer, pelo menos para já, é agradável."

Após ter quebrado o registo de sete temporadas consecutivas sem chegar aos quartos-de-final, o Real vai procurar agora continuar a sua caminhada até à final de Wembley. Com algumas ausências de vulto, Mourinho sente que chegou a hora de outras estrelas brilharem - entre elas as que já passaram pela Liga inglesa, como Álvaro Arbeloa e Xabi Alonso, ex-jogadores do Liverpool.

E também Emmanuel Adebayor, antigo jogador do Arsenal FC e Manchester City FC, sobre quem poderá ter de recair a missão de liderar o ataque da formação madrilena. "É o único ponta-de-lança que temos disponível," reconheceu Mourinho, que ainda assim poderá contar com Gonzalo Higuaín, regressado à equipa no embate com o Sporting Gijón após prolongada lesão. "Não vamos poder contar com Benzema e Cristiano, e o Marcelo também não vai poder alinhar, pelo que estamos algo limitados. Mas a nossa obrigação é jogar para ganhar."

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