Pedro e Barça em busca de novas glórias

O FC Barcelona mostrou-se ao seu melhor nível quando afastou o Arsenal FC nos oitavos-de-final da UEFA Champions League, mas Pedro Rodríguez admitiu que a formação catalã talvez não tenha tanta liberdade para explanar o seu poderio ofensivo nas próximas rondas da competição.

Na última temporada, as esperanças do Barça em tornar-se na primeira equipa a sagrar-se campeã europeia de clubes em dois anos consecutivos, deste que o AC Milan o fez em 1989 e 1990, caíram por terra nas meias-finais, na sequência de uma derrota diante do FC Internazionale Milano, que acabaria por conquistar a prova. Apesar de os pupilos de Josep Guardiola terem vencido a partida da segunda mão por 1-0, em Camp Nou, tal não foi suficiente para dar a volta à derrota por 3-1 sofrida no primeiro jogo, em Milão, mas Pedro acredita que a equipa aprendeu a lição e ganhou experiência com essa eliminação, numa altura em que se aproxima o embate ante o FC Shakhtar Donetsk nos quartos-de-final da presente edição.

"O Inter fez um excelente jogo defensivamente, colocando muitos jogadores atrás da linha da bola e foi complicado para nós lidar com o pouco espaço que nos foi concedido," recordou ao UEFA.com o internacional espanhol, de 23 anos. "Houve outros jogos, já esta temporada, em que tivemos de lidar com esse problema. E já soubemos ultrapassar esse sistema, usar bem o espaço e trocar rapidamente a bola de um lado para o outro do terreno. Temos de procurar aprender sempre algo com esses jogos, pois no futuro iremos encontrar várias equipas que jogarão dessa forma contra nós."

Apesar de ter já um invejável palmarés e ter preenchido inúmeras primeiras páginas de jornais com as suas exibições, Pedro sente que o seu melhor ainda está para vir. "Há sempre espaço para melhorar com a equipa; aspectos tácticos, o momento da finalização em frente à baliza ou a velocidade," acrescentou. "Somos uma equipa muito ambiciosa, queremos conquistar mais troféus e continuar o nosso desenvolvimento."

Esse inesgotável desejo de melhorar deve-se, em grande parte, a Guardiola. É essa, pelo menos, a opinião de Pedro, que descreve o treinador como uma figura parental que lhe inspira enorme confiança, que o faz acreditar nas suas capacidades e que lhe ofereceu a grande oportunidade da vida ao proporcionar-lhe a subida do Barcelona B para a equipa principal. "Guardiola é um treinador brilhante e uma pessoa extremamente inteligente, que tem sempre tudo sob controlo; conversa bastante com os jogadores, conhece muito bem o clube, pois encontra-se aqui há imenso tempo. Sabe perfeitamente o que se passa tanto na equipa principal como nas camadas jovens e julgo que é por tudo isso que ele se tem saído tão bem nas suas funções," salientou o atacante, que integrou a selecção espanhola campeã do Mundo em 2010, na África do Sul.

Guardiola procura repetir o sucesso obtido pelo Barcelona em 2009, ano em que conquistou os três troféus mais importantes da temporada, embora pela frente tenha um calendário muito complicado, onde se incluem dois jogos contra o Real Madrid CF, o primeiro a 17 de Abril, para a Liga espanhola, e o segundo três dias depois, na final da Taça de Espanha. E caso o Barça afaste o Shakhtar nos quartos-de-final da UEFA Champions League e o Real consiga, também, deixar pelo caminho o Tottenham Hotspur FC, os dois grandes rivais irão medir forças novamente, pela primeira vez desde 2001/02, na principal competição europeia de clubes.

Com três golos marcados em sete jogos na presente edição da UEFA Champions League, Pedro prefere não olhar ainda demasiado para a frente, preferindo para já concentrar-se na primeira mão do embate ante o Shakhtar, em Camp Nou. "Penso que a nossa equipa está muito bem e espero que possamos ter muitos motivos para festejar no final da época. Mas ainda é muito cedo, por isso é complicado fazer previsões."