Chygrynskiy procura consolação em Camp Nou
quarta-feira, 30 de março de 2011
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Ainda decepcionado por não ter vingado no "melhor clube do Mundo", Dmytro Chygrynskiy pretende impressionar quando regressar ao estádio do Barcelona ao serviço do Shakhtar.
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Dmytro Chygrynskiy estará ansioso por mostrar ao FC Barcelona aquilo que perdeu, quando o seu FC Shakhtar Donetsk rumar a Camp Nou para a primeira mão dos quartos-de-final da UEFA Champions League.
O defesa de 24 anos tornou-se no primeiro ucraniano a representar o Barcelona quando, em Agosto de 2009, chegou ao clube catalão, precisamente proveniente do Shakhtar. Mas enquanto o clube de Donetsk se sagraria campeão ucraniano, o tempo passado pelo jogador em Espanha foi muito menos satisfatório a nível pessoal. Com efeito, o seu falhanço em conseguir impor-se como titular levou-o, no Verão passado, a regressar a Donetsk.
"Tenho de admitir que estava decepcionado. Estamos a falar do Barcelona, o melhor clube do Mundo," disse o defesa-central ao UEFA.com. "Tinha a certeza de que era capaz de ser titular, mas passou um ano. Falei algumas vezes com o treinador. Ele disse que esperava que a época seguinte fosse mais bem-sucedida para mim, mas as coisas foram diferentes e acabei por regressar aqui."
Apesar da experiência adquirida por mais de 20 internacionalizações, este regresso rápido podia ter constituído um golpe devastador. Ao invés, Chygrynskiy optou por ressalvar os aspectos positivos dos tempos passados em Camp Nou. "Houve vários momentos em que aprendi muita coisa, para além de outras experiências úteis," disse o jogador. "Isso ajudar-me-á no futuro. O único factor negativo foi não ter jogado assim tantas vezes."
Agora, prepara a viagem de regresso a Barcelona para o jogo de quarta-feira, da primeira mão dos quartos-de-final, e espera que a exibição do Shakhtar frente à AS Roma, nos oitavos-de-final, constitua um bom augúrio. A equipa de Mircea Lucescu venceu por um total de 6-2 – pela maior margem de toda a eliminatória – e o defesa está ciente de que o mundo do futebol prestou atenção.
"A nossa organização de jogo foi, de facto, muito boa. Todos repararam nisso," comentou Chygrynskiy, que tem um mestrado em Artes Liberais. "As equipas italianas são muito bem organizadas, mas nós fomos tão bem organizados quanto eles. Temos várias coisas que a Roma não possui, como velocidade na frente de ataque. Recorremos a contra-ataques rápidos e os nossos jogadores mostraram a sua velocidade."
Só velocidade não bastará em Barcelona, mas, caso consigam conter os catalães em Camp Nou, então o Shakhtar terá as suas hipóteses a duas mãos, dada a sua formidável forma em Donetsk. Os "mineiros" não perdem em casa nas competições europeias há 15 jogos e neles se incluem seis triunfos e dois empates no seu novo estádio, a Donbass Arena.
O apoio que recebemos é muito mais vocal do que no antigo estádio [o RSC Olympiyskiy]", disse Chygrynskiy, cuja equipa venceu os quatro encontros realizados em casa na presente edição da UEFA Champions League, nos quais marcou oito golos e sofreu apenas um. "Não posso dizer que seja uma 'mão de Deus' para nós, mas os adeptos dão-nos asas. A equipa também está a ficar mais forte. O Shakhtar não joga bem apenas em casa, mas esta série de vitórias é indesmentível e espero que venha a durar por muito tempo."