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Schalke aviva memórias de Zanetti

Membro da equipa do Inter que perdeu a final da Taça UEFA de 1997 com o Schalke, Javier Zanetti sabe que o campeão em título tem de estar vigilante frente aos germânicos.

Javier Zanetti ao serviço do Inter, em 1997
Javier Zanetti ao serviço do Inter, em 1997 ©UEFA.com

Único sobrevivente da equipa do FC Internazionale Milano que sucumbiu ao FC Schalke 04 na final da Taça UEFA de 1997, Javier Zanetti tem boas razões para não encarar com ligeireza novo duelo com os alemães, desta feita nos quartos-de-final.

O Inter eliminou, de forma emocionante, o rival interno do Schalke, FC Bayern München, no desempate por golos marcados fora, apurando-se para os quartos-de-final da UEFA Champions League. O Bayern tem 12 pontos de vantagem sobre o clube de Gelsenkirchen na Bundesliga, pelo que o momento de forma dos conjuntos sugere que o Inter já ultrapassou com sucesso o mais difícil dos compromissos com equipas da Liga alemã.

Zanetti - que estava na sua segunda temporada em San Siro, quando os dois conjuntos se enfrentaram, há 14 anos - não considera o assunto assim tão leve. E adverte: "Temos de respeitar o Schalke, porque eles vão proporcionar-nos dois jogos difíceis, como todas as outras equipas," disse o capitão dos "nerazzurri" após o sorteio. "Devemos ser cuidadosos, porque ninguém se apura para os quartos-de-final por acaso."

Da final a duas mãos, que o Schalke venceu, por 4-1, no desempate por grandes penalidades, após vitórias de 1-0 de cada equipa, Zanetti, de 37 anos, acrescentou: "Fiquei muito irritado após ter perdido a final contra eles nas grandes penalidades, mas agora recordo esse jogo com um sorriso, porque já passou muito tempo desde então. Agora temos a oportunidade de nos vingarmos e nos apurarmos para as meias-finais."

Autor do golo decisivo apontado nos instantes finais do jogo da segunda mão frente ao Bayern, Goran Pandev, está ansioso para voltar à Alemanha para a conclusão da eliminatória, a 13 de Abril. "Vai ser muito difícil, principalmente o encontro da segunda mão, porque o ambiente é sempre muito quente lá," explicou o atacante.

Manuel Neuer, do Schalke, está, por sua vez, satisfeito por jogar a primeira mão em San Siro, em 5 de Abril, mas está preocupado com a proeza do Inter na segunda mão frente ao Bayern, após o detentor do troféu ter ganho inicialmente em Milão. "Pode ser uma vantagem começar por jogar fora de casa," indicou o guardião. "Por outro lado, os oitavos-de-final devem constituir um aviso para nós."

A eliminatória será o terceiro encontro do Schalke com o Inter - que perdeu para os italianos nos quartos-de-final da Taça UEFA de 1998 - e a quarta viagem a San Siro, onde perdeu com o AC Milan, por 3-2, para a fase de grupos da UEFA Champions League de 2005/06. Os germânicos também terão ao leme um novo treinador, depois de Ralf Rangnick ter substituído Felix Magath, que deixou o clube na quarta-feira.

Jefferson Farfán, cujos dois golos frente ao Valencia CF na eliminatória anterior foram decisivos para o apuramento do Schalke, reconhece que a sua equipa vai começar sem favoritismo, mas insiste que nada é impossível. "Os dois jogos serão muito difíceis," frisou o atacante peruano.

"O Inter é o actual detentor do troféu e tem muitos jogadores de classe mundial no seu plantel, mas é um bom sorteio para os quartos-de-final. Vai ser muito difícil chegar à próxima eliminatória, mas não é impossível."