Wenger saboreia uma "noite especial"
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
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Os treinadores do Arsenal e do Barcelona não pouparam nos elogios à qualidade de um dos jogos mais aguardados dos oitavos-de-final da UEFA Champions League.
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Os treinadores do Arsenal FC e do FC Barcelona, Arsène Wenger e Josep Guardiola, estiveram unidos nos elogios a um dos jogos mais aguardados dos oitavos-de-final da UEFA Champions League. "Especial" e "fantástico" foram alguns dos adjectivos usados, depois da vitória, por 2-1, dos "gunners", mas ambos os técnicos admitiram que o duelo está apenas no intervalo, antes do jogo da segunda mão, agendado para o dia 8 de Março, em Espanha. Guardiola tem "muita confiança" nos seus jogadores.
Arsène Wenger, treinador do Arsenal
Era uma daquelas noites especiais e precisávamos de ser uma equipa especial. O jogo prometia muito e não desiludiu, porque era entre dois clubes muito especiais. Tivemos de sofrer, mas nunca desistimos e fomos muito fortes mentalmente. Penso que, quando se defronta o Barcelona, corre-se sempre o risco de cair, porque eles castigam qualquer erro do adversário. A eliminatória está em aberto e isso é entusiasmante.
Está tudo em aberto. Claro que vamos a Camp Nou com a intenção de jogar o nosso futebol, porque não se pode ir lá apenas para defender. A confiança vai estar em alta, porque vencemos esta noite e daremos o nosso melhor na segunda mão. Vimos jogadas idênticas nas duas equipas e o [segundo] golo foi fantástico. Foi uma noite incrível para todos os nossos adeptos.
Josep Guardiola, treinador do Barcelona
Foi um jogo fantástico, com oportunidades para as duas equipas. O Arsenal é sempre uma excelente equipa - são duros e fortes. Mas nós dominámos e controlámos, mais ou menos, o jogo. É uma pena termos perdido, mas estas coisas acontecem no futebol. Conhecemos o valor do Arsenal e sabemos o bem que conseguem jogar no contra-ataque. Isto são as competições europeias e é só nesta fase que vemos o verdadeiro valor dos nossos adversários. Admiro o estilo do Arsenal.
Criámos mais oportunidades do que na primeira mão da eliminatória da época passada, mas eles são muito bons a pressionar: tem a qualidade de encontrar os espaços vazios. São um exemplo para o futebol há muitos anos. Fomos muito competitivos e estivemos melhor do que em outros jogos fora da UEFA Champions League, como, por exemplo, contra o Estugarda ou o Lyon.
Agora temos de pensar em dar a volta à eliminatória com a ajuda dos nossos adeptos. Tenho muita confiança nos meus jogadores e vamos ver como conseguimos reagir. Era importante marcar um golo fora de casa e conseguimos isso mesmo. Não vamos poder contar com [o castigado Gerard] Piqué na segunda mão e, por isso, esperamos que o [Carles] Puyol recupere da lesão a tempo do jogo.