Eduardo exulta com resposta do Shakhtar

Duas semanas após marcar o tento de honra na goleada sofrida pela sua equipa frente ao Arsenal FC, por 5-1, o avançado Eduardo, do FC Shakhtar Donetsk, assinou um golo cuja importância foi ainda mais significativa e que impôs à sua ex-equipa a primeira derrota na UEFA Champions League esta época.

Este desaire por 2-1 no Grupo H deixa os "gunners", que se teriam apurado em caso de vitória, com os mesmos nove pontos do que o Shakhtar, agora com maiores hipóteses de se qualificar para os oitavos-de-final pela primeira vez no seu historial. "O mais importante foi termos vencido; foi um jogo especial para nós", disse Eduardo. "Foi muito difícil e o Arsenal jogou bem, mas conseguimos os três pontos."

O tento de Eduardo nos descontos da primeira parte acabou por ser também o da vitória, completando uma excelente reviravolta que começou quando o cabeceamento de Dmtryo Chygrynskiy anulou o golo inaugural de Theo Walcott, aos dez minutos. O destino podia estar traçado para os anfitriões após a jogada individual de Walcott que terminou em golo e a pesada derrota em Londres, de forma que, com isso em mente, Eduardo estava compreensivelmente "agradado com o espírito de luta" demonstrada pela sua equipa.

"É muito complicado dar a volta ao marcador frente a uma equipa como o Arsenal, porque é muito forte no contra-ataque", disse. "Corremos um enorme risco ao tentar chegar ao empate; o 'timing' dos nossos golos foi perfeito."

Muito do êxito do Shakhtar foi construído em redor do seu quarteto atacante de brasileiros, que causou diversos problemas à defesa do Arsenal com o seu ritmo, a sua movimentação e habilidade. Segundo Eduardo, tal facto mostra que o campeonato da Ucrânia pode ombrear com os melhores da Europa. "Temos uma grande equipa", explicou o avançado de 27 anos. "Os nossos jogadores são tecnicamente evoluídos e possuímos muitos brasileiros, como o Jadson, o Willian e o [Luiz] Adriano, que gostam de manter a bola junto ao solo. O Shakhtar é um clube que está a caminhar na direcção certa."

O Arsenal reforçou o ataque na tentativa desesperada de resgatar um ponto mas, apesar da pressão prolongada, raramente conseguiu ameaçar o guarda-redes do Shakhtar, Andriy Pyatov, cujo homólogo Łukasz Fabiański lamentou a "exibição pobre na primeira parte". "Não jogámos bem na primeira parte, como era nosso desejo, e penso que é esse o motivo por que sofremos dois golos", afirmou o internacional pela Polónia. "Na etapa complementar eles concentraram-se em manter a vantagem e defenderam bem."