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Hapoel e Schalke em branco

Hapoel Tel-Aviv FC 0-0 FC Schalke 04
A formação germânica manteve o segundo lugar no Grupo B ao empatar em Telavive, num jogo em que as defesas se superiorizaram aos ataques.

Christoph Metzelder, do Schalke, disputa um lance com Ben Sahar no encontro de Telavive
Christoph Metzelder, do Schalke, disputa um lance com Ben Sahar no encontro de Telavive ©Getty Images

O FC Schalke 04 não conseguiu melhor do que um nulo na visita ao terreno do Hapoel Tel-Aviv FC, que assim somou o seu primeiro ponto no Grupo B da UEFA Champions League ao quarto jogo.

A formação germânica havia levado a melhor no primeiro embate entre as duas equipas, há 15 dias, na Alemanha, onde venceu por 3-1, mas viu-se remetida à defesa durante largos períodos do encontro em Telavive, em especial durante o segundo tempo. Os actuais campeões israelitas pecaram, contudo, no último terço do terreno, falhando na finalização, e permanecem no último lugar do grupo, atrás do Benfica, que visita Israel na quinta jornada, no mesmo dia em que o Schalke - actual segundo classificado – vai receber o Olympique Lyonnais.

Os homens da casa vinham de três derrotas nas três primeiras jornadas e entraram em campo sem Etey Schechter e Avihay Yadin, lesionados, mas apesar de tudo mostraram-se confiantes no arranque da partida. Ben Sahar e Toto Tamuz deram muitas dores de cabeça ao sector mais recuado do Schalke na primeira meia-hora de jogo, com a sua velocidade e poder físico a darem muito trabalho aos centrais contrários e a obrigarem Manuel Neuer a estar atento na baliza forasteira.

As oportunidades claras de golo, porém, escasseavam, com os atacantes do Hapoel a nunca evidenciarem a calma necessária sempre que entravam na área adversária. Eran Zahavi e Tamuz, em boa posição, não conseguiram bater Neuer, que provaria estar em grande forma a meio da segunda parte, quando produziu a sua melhor intervenção no encontro, num mergulho para a esquerda para defender, com a palma da mão, um remate de cabeça do recém-entrado Yossi Shivhon.

Do lado oposto, o Schalke mostrava-se incapaz de importunar a defesa dos anfitriões. Raúl González – que bisou em Gelsenkirchen, na partida da terceira jornada - tinha de recuar muito no terreno à procura da bola e as iniciativas de José Manuel Jurado teimavam em não resultar em nada.

Sentindo que a vitória estava ao alcance da sua equipa, os adeptos da casa tentaram incentivar os jogadores do Hapoel a chegarem ao golo, que Shivhon quase marcou a 13 minutos do apito final. Depois de receber a bola a 25 metros da baliza, furou por entre a defesa do Schalke, fugindo às tentativas de desarme de três adversários, mas acabou por ver o seu remate rasteiro sair ligeiramente ao lado do alvo.

Os visitantes mantinham, por esta altura, toda a equipa atrás da linha da bola, excepção feita a Klaas-Jan Huntelaar. Porém poderiam ter visto o triunfo sorrir-lhes na sequência de dois pontapés de canto, já nos últimos dez minutos do encontro. Primeiro, Christoph Metzelder atirou para a bancada atrás da baliza à guarda de Vincent Enyeama, onde se encontravam os adeptos do Schalke, e, depois, Edu cabeceou para fora; na outra área, Walid Badier seguiu o exemplo dos adversários e também não conseguiu desfazer o nulo, que assim prevaleceu até ao apito final.