Djourou feliz com desfecho em Belgrado
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
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O defesa Johan Djourou destacou a capacidade do Arsenal em ultrapassar um ambiente "fantástico e aterrador" e, assim, conseguir bater uma determinada equipa do Partizan, em Belgrado.
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Johan Djourou descreveu o ambiente no Stadion FK Partizan como "fantástico" e "aterrador", admitindo nunca ter experimentado algo semelhante. E o facto de o Arsenal FC ter alcançado uma vitória por 3-1 mostra bem a capacidade da equipa para lidar com a pressão crescente que se lhe irá deparar ao longo da sua caminhada na UEFA Champions League.
Os adeptos do FK Partizan não pouparam as suas gargantas e mostraram-se tão ruidosos como sempre ao longo dos 90 minutos do encontro. Quando Andrey Arshavin desperdiçou a grande penalidade que, então, colocaria os "gunners" a vencer por 2-1, a meio do segundo tempo, o volume dos decibéis subiu ainda mais, como que para equilibrar a balança e inspirar a equipa da casa, agora reduzida a dez elementos, fruto da expulsão de Marko Jovanović.
Mas foram os pupilos de Arsène Wenger a ter a última palavra, com Marouane Chamakh e Sébastien Squillaci a vincarem a superioridade do Arsenal com dois cabeceamentos certeiros e a permitirem à formação londrina manter a liderança do Grupo H, a par do FC Shakhtar Donetsk, que venceu em Braga. "É melhor começar cedo do que tarde", destacou Djourou sobre a necessidade de somar pontos no grupo. "Desta forma, é muito positivo termos começado com duas vitórias. Sabíamos que teríamos de visitar locais como Belgrado e, também, Donetsk, e estávamos conscientes da pressão que aí encontraríamos".
O defesa internacional suíço passou no seu primeiro exame na UEFA Champions League desde que alinhou na meia-final com o Manchester United FC, em Maio de 2009. Uma rotura nos ligamentos de um joelho afastaram-no de praticamente toda a última temporada, mas mostra-se, agora, deliciado por estar de regresso e ter contribuído para uma boa vitória da sua equipa. "Entrámos bem no jogo e causámos dificuldades ao adversário, mas eles reagiram e chegaram ao empate", recordou. "Fiquei surpreendido com a qualidade do Partizan. Tem uma boa equipa, com excelentes jogadores. Com o resultado em 1-1 poderia ter sido um final de jogo complicado, mas conseguimos sair por cima. A atmosfera era aterradora, fantástica. Nunca tinha experimentado nada assim".
A expulsão do defesa Jovanović, que viu o cartão vermelho após derrubar Chamakh quando este se preparava para caminhar isolado para a baliza adversária, foi naturalmente determinante na vitória do Arsenal. Tal como o foi o facto de, a seis minutos do final, Cléo ter imitado Arshavin e falhado, também ele, uma grande penalidade, permitindo a defesa de Łukasz Fabiański.
"O guarda-redes esperou pela minha reacção e acabou por defender a bola", explicou Cléo que, num encontro que teve três grandes penalidades assinaladas, havia já concretizado a primeira, à passagem da meia-hora, para então restabelcer a igudaldade na partida. "Não foi um mau remate, mas o guarda-redes defendeu muito bem", acrescentou o ponta-de-lança brasileiro, de 25 anos. "Foi muito complicado para nós jogar com menos um jogador, porque o Arsenal tem uma equipa fantástica".
O guarda-redes da casa, Vladimir Stojković, que se encontra no Partizan por empréstimo do Sporting, rivalizou com Arshavin na eleição de melhor em campo, graças a uma série de intervenções importantes, incluindo a defesa do penalty. "Foi o meu presente para o Marko [Jovanović]," referiu o guardião internacional sérvio. "Quando se defronta uma equipa como o Arsenal nunca se sabe para onde a bola vai e é difícil acompanhar as suas jogadas, pois trocam a bola com muita rapidez". Com duas derrotas nos dois primeiros jogos, o Partizan terá muito trabalho pela frente se quiser continuar nas provas da UEFA depois de Dezembro. "Vamos dar o nosso melhor para seguir nas competições europeias após a fase de grupos", garantiu Stojković.