Shakhtar sofre para vencer
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
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FC Shakhtar Donetsk 1-0 FK Partizan
Os anfitriões começaram o Grupo H a vencer, mas sofreram uma pressão intensa na parte final do jogo, depois de 80 minutos de domínio.
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O FC Shakhtar Donetsk sobreviveu a um final de jogo tenso, mas iniciou a sua participação no Grupo H com um triunfo por 1-0 sobre o FK Partizan, apesar de Mircea Lucescu ter ficado a pensar como é que a sua equipa acabou por sofrer uma pressão intensa no final, depois de 80 minutos de domínio.
O campeão ucraniano tomou de assalto a baliza à guarda de Vladimir Stojković desde o início, sendo que a repetição da goleada por 4-1 da época passada, na UEFA Europa League, também na Donbass Arena, parecia altamente provável. Mas teve que esperar até 19 minutos do fim para festejar, quando Darijo Srna apontou o seu 22º golo na UEFA Champions League. Mas isso foi apenas o início da emoção, já que o Partizan galvanizou-se e respondeu em força. Nemanja Tomić, Stefan Savić e Mladen Krstajić viram Andriy Pyatov negar-lhes o golo. O Shakhtar não só aguentou a pressão contrária como esteve perto do 2-0, mas o remate rasteiro de Olexiy Gai embateu no ferro da baliza.
Antes do jogo, o treinador do Partizan, Aleksandar Stanojević, sugeriu que a sua equipa podia beneficiar do factor-surpresa, com Mladen Krstajić a ser o único sobrevivente da equipa em relação ao jogo de há um ano. No entanto, se tinham uma surpresa escondida, os visitantes mantiveram-na bem guardada. Em vez disso, outras das previsões de Stanojević confirmou-se, com Douglas Costa a revelar-se perigoso tal como ele temia, enganando a defesa e cruzando para Luiz Adriano, que não chegou à bola: era um sinal do que estava para vir.
Willian obrigou Stojković a uma defesa acrobática com um remate espectacular de longe, mas o guarda-redes não teve tempo para nova intervenção teatral, realizando antes uma defesa de recurso a remate de Luiz Adriano, junto à marca de penalty, após passe de Darijo Srna. O brasileiro, de costas para a baliza e rodeado de adversários, conseguiu rematar – mesmo à figura de Stojković. As oportunidades avolumavam-se e surgiam mais rapidamente: tudo o que o Partizan conseguia fazer era manter as linhas juntas, afastar a bola e esperar por novo ataque do Shakhtar. O intervalo apenas serviu para interromper por momentos o caudal ofensivo.
O Partizan estava cada vez mais em dívida para com Stojković, que foi rápido a reagir ao "chapéu" de Jadson, antes de mais uma excelente defesa com a ponta dos dedos, desviando por cima da barra o forte cabeceamento de Luiz Adriano. A tensão começava a subir entre o público da casa e o balanceamento ofensivo do Shakhtar podia ter causado um dissabor quando Andriy Pyatov saiu mal a um cruzamento e permitiu o remate de Krstajić – Olexandr Kucher afastou a bola em cima da linha-de-golo. Mas Srna não esteve pelos ajustes e na marcação de um livre rematou em arco para garantir os três pontos.