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Emoção e golos em Belgrado

FK Partizan 2-2 RSC Anderlecht
A eliminatória continua em aberto depois de quatro golos em apenas 13 minutos terem ditado um empate na capital da Sérvia.

Ivica Iliev (à esquerda) em disputa com Ondřej Mazuch, do Anderlecht
Ivica Iliev (à esquerda) em disputa com Ondřej Mazuch, do Anderlecht ©AFP

A eliminatória entre RSC Anderlecht e FK Partizan na luta por um lugar na fase de grupos da UEFA Champions League está longe de estar decidida, depois de as duas equipas terem empatado (2-2) na primeira mão do "play-off", num jogo disputado em Belgrado que teve quatro golos no espaço de 13 minutos da segunda parte.

Depois de uma primeira parte algo nervosa, o encontro explodiu depois do intervalo, com os quatro primeiros remates enquadrados com a baliza a resultarem em golo. O Anderlecht foi a primeira equipa a festejar, num golpe de cabeça de Guillaume Gillet, mas os sérvios, com o português Almani Moreira a titular, deram a volta ao resultado graças a Cléo – que marcou o seu sexto tento nesta edição da UEFA Champions League – e a um autogolo de Jan Lecjaks. Porém, o Partizan não teve muito tempo para festejar, já que Roland Juhász fez o 2-2 e deixou tudo em aberto para o jogo na Bélgica.

Foi um contraste absoluto com a etapa inicial, na qual as duas equipas procuraram reduzir os riscos e colocar os seus jogadores atrás da linha da bola. E as precauções até se compreendiam: há um ano, o Anderlecht sofreu quatro golos na primeira parte da eliminatória com o Olympique Lyonnais e perdeu todas as esperanças de apuramento para a UEFA Champions League, enquanto o Partizan apenas conta com uma participação na fase de grupos.

E até foram dois resistentes da última campanha do campeão sérvio na Champions League em 2003/04, Ivica Iliev e Saša Ilić, que mostraram mais inconformismo ofensivo. Iliev, em particular, estava a causar muitos problemas a Ondřej Mazuch na ala esquerda, mas a maior parte das vezes o Partizan não conseguia ultrapassar o robusto médio-defensivo do Anderlecht, Cheikhou Kouyaté. Radosav Petrović desempenhou o mesmo papel no outro meio-campo, mas teve menos trabalho.

O cenário mudou por completo na segunda metade. Gillet abriu caminho à chuva de golos, dando o melhor seguimento ao cruzamento de Lecjaks com um cabeceamento poderoso. O autor da assistência voltou a estar em destaque, mas pela negativa, no golo do empate do Partizan, já que não conseguiu travar Cléo e permitiu ao brasileiro marcar perante a saída de Silvio Proto.

A noite do lateral-esquerdo ficou ainda pior quando tentou cortar o cruzamento de Iliev e enviou a bola para a sua própria baliza, antes de o jogo mudar mais uma vez. Por entre as emoções dos golos anteriores quase ninguém deu pela entrada de Kanu em jogo, mas a sua presença não demorou a ser notada, pois o avançado respondeu rápido a um livre indirecto e serviu Juhász para o empate final.