Trio apostado em regressar à ribalta
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
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Não têm sido presenças habituais na UEFA Champions League, mas Auxerre, Sampdória e Tottenham esperam ultrapassar o "play-off" para poderem regressar à elite da Europa.
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Para três das equipas que participam no "play-off" da UEFA Champions League, a ansiedade será particularmente intensa. No caso do Tottenham Hotspur FC, que há precisamente 48 anos não participa na principal prova de clubes europeia, a espera pode estar perto do fim, caso os ingleses ultrapassem o BSC Young Boys. AJ Auxerre e UC Sampdoria - que medem forças com Zenit St. Petersburg e SV Werder Bremen, respectivamente, estarão igualmente apostados em regressar a uma competição onde já deixaram marca no passado.
AJ Auxerre
A turma comandada por Jean Fernandez garantiu o acesso ao "play-off" ao terminar no terceiro lugar da Ligue 1 na temporada transacta, colocando-se assim na luta por um lugar na fase de grupos da UEFA Champions League. Contrariamente à Sampdória e ao Tottenham, o Auxerre participou na prova na última década, na fase de grupos em 2002/03, embora o seu melhor desempenho na principal competição de clubes da UEFA date de 1996/97, naquela que constituiu a sua outra única presença. Depois de ter conquistado o primeiro título de campeão de França do seu palmarés, em 1996, o Auxerre, então treinado por Guy Roux, seguiu até aos quartos-de-final, altura em que se viu eliminado pelo BV Borussia Dortmund, mais tarde vencedor da prova. E essa não foi a primeira ocasião em que o Dortmund levou a melhor sobre a formação gaulesa da Borgonha. A melhor campanha europeia da história do Auxerre, na Taça UEFA de 1992/93, terminou nas meias-finais e teve também aquele clube germânico como carrasco, então no desempate por penalties.
UC Sampdoria
A Samp apenas por uma ocasião marcou presença entre a elite da Europa, mas deixou de forma inequívoca a sua marca, ao chegar à final, em 1991/92, tendo acabado derrotada pelo FC Barcelona pela margem mínima, após prolongamento. Na caminhada até ao encontro decisivo, a turma de Génova deixou pelo caminho o FK Crvena Zvezda, detentor do troféu, com duas vitórias em casa e fora, na estreia da introdução de uma fase de grupos na prova, pela última vez denominada de Taça dos Clubes Campeões Europeus. Foi o culminar de uma extraordinária era de sucesso para o emblema de Bérgamo nas competições europeias, sob as ordens Vujadin Boškov, depois das presenças nas finais da Taça dos Vencedores das Taças de 1989 e de 1990, a última das quais a terminar com uma vitória sobre o RSC Anderlecht e a conquista do primeiro troféu europeu do clube. Agora, a Sampdória procura regressar às luzes da ribalta e espera que o novo treinador, Domenico Di Carlo, consiga levar a equipa a ultrapassar o degrau que falta, depois de Luigi Delneri a ter guiado ao quarto lugar na Serie A em 2009/10.
Tottenham Hotspur FC
O Tottenham foi o primeiro clube de Inglaterra a erguer um troféu europeu, ao bater o Club Atlético de Madrid por 5-1 na final da Taça dos Vencedores das Taças de 1963, tendo juntado mais duas conquistas continentais nas décadas seguintes, com as vitórias na Taça UEFA de 1972 e de 1984. Ainda assim, o brilho da formação do norte de Londres não tem sido tão intenso nos últimos anos, pois tem ficado frequentemente na sombra do vizinho Arsenal FC, tanto a nível interno como no estrangeiro.
Porém, após terminarem no quarto lugar da Premier League em Maio último, Harry Redknapp e os seus pupilos esperam agora igualar os feitos alcançados pelos “spurs” sob as ordens de Bill Nicholson, no início da década de 1960, altura em que, para além da conquista da Taça das Taças, o clube deu cartas na Taça dos Campeões de 1961/62. Chegou às meias-finais, onde se viu eliminada por 4-3 pelo Benfica, que acabaria por erguer o troféu. Desta feita, os adeptos talvez não esperem uma campanha tão boa nem sequer uma repetição do expressivo triunfo por 8-1, então obtido sobre os polacos do Górnik Zabrze na ronda preliminar, mas certamente ficarão satisfeitos com qualquer vitória que leve a equipa até à fase de grupos, mesmo que seja pela mais pequena das margens. Para isso acontecer, os britânicos terão de deixar pelo caminho o Young Boys.