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2007/08 Manchester United FC 1-1 Chelsea FC (6-5 nos penalties): Crónica



"Falhei o penalty e parecia o pior dia da minha vida. Agora é o melhor dia da minha vida." Cristiano Ronaldo

Quarenta anos depois da conquista do seu primeiro troféu europeu, 50 anos depois do desastre aéreo de Munique e na noite do 759º jogo de Ryan Giggs pelo clube (marca recorde), a festa do Manchester United FC, que disputava a final da edição 2007/08 da UEFA Champions League, esteve perto de ficar estragada.

Depois de uma campanha interna épica ter levado o United a ultrapassar o rival Chelsea FC nas últimas jornadas da Premier League, a primeira final cem por cento inglesa da prova ofereceu um desafio emocionante no encharcado relvado do Estádio Luzhniki.

O United foi o primeiro a mostrar serviço, aos 26 minutos, quando Cristiano Ronaldo fugiu a Michael Essien e cabeceou de forma perfeita para o fundo da baliza o cruzamento de Wes Brown, fazendo o seu 42º golo da época.

Impulsionado pelo dinâmico Owen Hargreaves e dirigido pelo maestro Paul Scholes, o United viu a sua vantagem ser ameaçada pela primeira vez quando Rio Ferdinand cabeceou inadvertidamente para a sua própria baliza, mas Edwin van der Sar evitou o pior.

Petr Čech revelou-se igualmente eficiente ao negar o golo a Carlos Tévez e, de seguida, a Michael Carrick, depois de uma jogada de envolvência do United. O Chelsea, pragmático como sempre, mesmo depois da saída de José Mourinho, aguentou a pressão e acabou por chegar ao merecido empate à beira do intervalo, altura em que Lampard surgiu por entre Van der Sar e Ferdinand e fez a recarga a um remate de Essien que sofrera um desvio.

A sorte favoreceu os "blues" e o ascendente na partida parecia agora estar do seu lado: Didier Drogba acertou no poste, num remate tão venenoso como enganador, mas foi preciso recorrer ao prolongamento. Lampard foi o jogador seguinte a ver goradas as suas intenções, após receber um passe de Michael Ballack e rematar à barra.

Saído do banco de suplentes para quebrar o recorde de longa data de Bobby Charlton, Giggs quase assinalou o feito com o tento da vitória, mas John Terry conseguiu cortar o lance. Drogba foi expulso depois de uma discussão. Seguiram-se os penalties.

Ronaldo foi o primeiro jogador a falhar, ao nono remate, deixando Terry, capitão do Chelsea, com a oportunidade de dar a vitória à sua equipa e o primeiro troféu da principal prova de clubes do historial dos ingleses. A falta de equilíbrio e o poste voltaram a frustrar os "blues". Giggs marcou, Nicolas Anelka falhou e, com a Praça Vermelha nas imediações, a noite acabou por ser de festa para os "red devils".