Robben desequilibra para o Bayern
quarta-feira, 21 de abril de 2010
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FC Bayern München 1-0 Olympique Lyonnais
Somente o golo de Arjen Robben separou as duas equipas, após Franck Ribéry e Jérémy Toulalan terem ambos sido expulsos.
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O FC Bayern München derrotou o Olympique Lyonnais com um tento solitário de Arjen Robben e ficou em boa posição para se apurar para a final da UEFA Champions League. Isto num jogo que ficou marcado pelas expulsões de Franck Ribéry e Jérémy Toulalan que, assim, falharão a segunda mão das meias-finais, tal como Danijel Pranjić.
A formação alemã apresentou-se perante os seus adeptos sem o lateral-esquerdo Holger Badstuber e o médio Mark van Bommel, por se encontrarem suspensos, tendo jogado o jovem Diego Contento no lado esquerdo da defesa e Danijel Pranjić no espaço deixado vago pelo capitão.
Já Claude Puel teve mais problemas para escalar a sua defesa, dado não poder contar com os lesionados Jean-Alain Boumsong, Mathieu Bodmer e Dejan Lovre. Por isso, foi obrigado a recuar o médio-defensivo Jérémy Toulalan para o eixo da defesa, jogando ao lado do capitão Cris.
Actuando em casa e tentando aproveitar a falta de entrosamento da defesa do Lyon, o Bayern teve uma entrada muito forte no encontro, tendo criado quatro oportunidades de golo nos primeiros 20 minutos. Aos 12, Franck Ribéry cobrou um canto directamente e obrigou Hugo Lloris a defesa apertada para novo canto, que Bastian Schweinsteiger desviou de cabeça, ligeiramente ao lado. Também foi pelo ar que, quatro minutos depois, Thomas Müller tentou visar a baliza de Lloris, mas a bola voltou a passar ao lado do poste. Na jogada seguinte, Ribéry teve aquela que viria a ser a sua melhor iniciativa no encontro, ao rematar ligeiramente ao lado, após ter tirado dois adversários do caminho. Sem deixar o Lyon respirar, o Bayern porfiou e, após uma recepção perfeita de Arjen Robben, Ivica Olic rematou de pronto, mas também ao lado.
O Lyon somente na sequência de lances de bola parada se aproximou da baliza de Hans-Jörg Butt e, numa dessas ocasiões, Éderson teve dois remates que levaram algum perigo aos germânicos, mas sem que o ex-guarda-redes do Benfica tivesse sido obrigado a intervir. No entanto, a dois minutos do intervalo, Kim Kallström rematou de longa distância e proporcionou a Butt uma enorme defesa.
Minutos antes aconteceu a primeira expulsão do encontro. Aos 37, Ribéry acertou com bastante ímpeto na perna do ex-dianteiro do FC Porto, Lisandro López, e viu o cartão vermelho directo, temendo-se o pior para o Bayern a partir daí, dada a influência do francês na manobra ofensiva da equipa. Contudo, Louis van Gaal aproveitou o intervalo para equilibrar os números a meio-campo, retirando Olic e lançando o ucraniano Andryi Tymoschuk.
Ninguém contava era que o Lyon conseguisse aproveitar a superioridade numérica por muito tempo, uma vez que, no espaço de três minutos, o experiente Toulalan viu dois cartões amarelos, pelo que, a partir dos 54, os franceses também passaram a jogar com dez elementos. Em igualdade numérica, Van Gaal reforçou o ataque e lançou o possante Mario Gómez no encontro, enquanto Puel trocou o pouco eficaz Miralem Pjanić pelo mais defensivo Jean Makoun.
A alteração do Bayern foi mais feliz pois, aos 69 minutos e já depois de ter deixado um aviso através de um remate cruzado do lado esquerdo, que saiu próximo do poste oposto, Robben apontou aquele que viria a ser o único golo da partida, através de um remate de fora da área, no qual a bola raspou na cabeça de Müller o suficiente para iludir Lloris.
Até final do encontro, menção ainda para uma boa ocasião desperdiçada por Gómez e para novo remate de Robben para as defesas de Lloris, este último instantes antes da saída do holandês. Já o Lyon somente através de um remate de Govou causou alguma emoção. Muito pouco para uma equipa habituada a dispor de muitas mais ocasiões e que terá de fazer bem melhor em França se quiser apurar-se para a final.