Obra-prima de Robben condena United
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Sumário do artigo
Manchester United 3-2 Bayern München (total: 4-4, Bayern apurado)
O United, que terminou o jogo com dez jogadores, chegou a estar a vencer por 3-0, mas a reacção dos alemães deitou por terra o sonho inglês.
Conteúdo media do artigo
Corpo do artigo
O FC Bayern München qualificou-se para as meias-finais da UEFA Champions League graças a uma prestação de grande qualidade em Old Trafford, onde o Manchester United FC chegou a estar a vencer por 3-0, antes de consentir dois golos aos germânicos e terminar com dez elementos, por expulsão de Rafael. Nani marcou dois excelentes golos, mas acabaram por ser insuficientes para o sucesso dos "red devils".
Os ingleses partiram para o encontro ansiosos por anular a desvantagem de um golo trazida da Alemanha e a verdade é que se o jogo de Munique terminou com o tento de Ivica Olic, o de Old Trafford iniciou-se com o do mais surpreendente dos titulares do United.
Darron Gibson, que começou o encontro no lugar de Paul Scholes, tentou a sua sorte de longe, após combinação entre Rafael (que foi o preferido em detrimento do capitão Gary Neville para o lado direito da defesa) e Wayne Rooney (que fora dado como apto pouco tempo antes do início do jogo, após ter-se lesionado na partida da primeira mão), e surpreendeu o ex-guarda-redes do Benfica, Hans-Jörg Butt, disparando a bola para onde o germânico menos esperava.
O Bayern, por sua vez, apresentava-se confiante para a segunda mão, ciente de que conseguira marcar em todos os jogos realizados fora de casa e com Arjen Robben a jogar de início, assim como Bastian Schweinsteiger, de regresso após suspensão, o que levou a que Hamit Altintop e Daniel Pranjic regressassem ao banco.
No entanto, os bávaros nem tiveram tempo de reagir ao inesperado tento de Gibson, pois, quatro minutos volvidos, o United chegou ao 2-0. O equatoriano Luis Valencia trocou as voltas a Holger Badstuber no flanco direito e cruzou para a zona frontal, onde apareceu o internacional português Nani desmarcado a marcar, com um sublime desvio de calcanhar, fazendo a bola entrar junto ao poste direito da baliza de Butt.
Só depois de acalmar o ímpeto inicial do United é que o Bayern conseguiu chegar com perigo à área contrária e, não fosse uma saída destemida de Edwin van der Sar aos seus pés e o isolado Ivica Olić teria marcado ainda antes do que viria a fazer, já no período de descontos da primeira parte, depois de uma jogada entre Robben e Thomas Müller.
Antes, porém, aos 41 minutos, o United chegaria ao 3-0, que parecia sentenciar a eliminatória. Valencia voltou a ganhar a luta no flanco direito e cruzou para a zona frontal, na direcção de Rooney. Este, no entanto, não conseguiu captar a bola e esta ficou à mercê de um solto Nani, que rematou de primeira, sem hipótese de defesa para Butt.
No entanto, a primeira parte terminaria com o Bayern em alta. Aos 43 minutos, Olić ganhou no corpo a corpo a Michael Carrick e rematou, de ângulo apertadíssimo, colocando a bola junto ao poste mais distante, reduzindo a diferença na eliminatória para apenas um golo. E, já no período de descontos, Robben rematou de fora da área para uma estirada do compatriota holandês Van der Sar para canto.
O segundo tempo também começou com um ascendente do Bayern, que se viu em superioridade numérica desde os 50 minutos, em virtude da expulsão de Rafael, por ter visto o segundo cartão amarelo. Isso obrigou Alex Ferguson a mexer na equipa, retirando o debilitado Rooney e lançando John O'Shea, assim refazendo a sua defesa, entretanto já a contas com o recém-entrado Mario Gómez para o ataque do Bayern.
O United passou, então, a jogar em contra-ataque e Nani, desmarcado por Patrice Evra, dispôs de uma boa ocasião para marcar. Desta feita, Butt defendeu por instinto. O Bayern, por seu turno, continuou a carregar e chegou à vantagem na eliminatória, através de um belo golo de Robben, com um remate de primeira, à meia-volta, na resposta a um canto de Franck Ribéry. Foi a derradeira intervenção do holandês no encontro, pois seria imediatamente substituído por Hamit Altintop.
Só depois Ferguson voltou a mexer na equipa, colocando em campo Dimitar Berbatov e Ryan Giggs para aumentar a frente de ataque e retirando os médios de contenção Michael Carrick e Darron Gibson. No entanto, não houve, até final, forma de emendar o mal causado pela expulsão de Rafael.