Wenger lamenta golos fáceis

Arsène Wenger admitiu que oferecer "golos fáceis" tornou muito complicada a tarefa do Arsenal FC para a segunda mão dos quartos-de-final da UEFA Champions League, ante o FC Barcelona. Porém, o treinador francês elogiou a força mental demonstrada pela sua equipa para conseguir recuperar de dois golos de desvantagem e manter-se na luta pelo apuramento no jogo da próxima terça-feira, na Catalunha. Por seu lado, Josep Guardiola viu o melhor jogo dos catalães sob o seu comando nas competições europeias e espera confirmar a qualificação em Camp Nou.

Arsène Wenger, treinador do Arsenal
O início foi muito complicado. O nosso adversário podia ter marcado alguns golos nos primeiros 20 minutos, porque perdemos a bola demasiado depressa, mas os meus jogadores foram resilientes e nunca desistiram. O Barcelona perdeu oportunidades, mas nós também falhámos golos incríveis. No fim, acabou por ficar 2-2. Não esquecendo que defrontámos uma grande equipa, só lamento termos oferecido golos fáceis. A forma como perdemos algumas posses de bola é inacreditável.

Demos muito espaço no início de jogo, mas os meus jogadores merecem crédito porque conseguiram manter-se na luta pela eliminatória contra uma grande equipa. Se não tivéssemos força psicológica poderíamos muito bem ter perdido 5-0, mas conseguimos empatar 2-2. Foi pena termos sofrido aqueles golos e estou convencido que, se isso não tivesse acontecido, teríamos ganho o jogo. Parte da superioridade do Barcelona deveu-se à inibição que demonstrámos no início do jogo. Não nego que fomos dominados, mas a maior parte dos remates do Barcelona aconteceram na primeira parte e o principal desafio foi, depois do 2-0, partir para o ataque e não correr o risco de sofrer outro golo.

Josep Guardiola, treinador do Barcelona
Na época passada vencemos todos os títulos, mas, na UEFA Champions League, nunca jogámos tão bem como esta noite. Tivemos uma grande oportunidade [para ganhar o jogo] e não a aproveitámos. Controlar o jogo da forma como controlámos enche-me de orgulho. Sabemos que demos tudo para dar um bom passo rumo ao apuramento, mas, a este nível, os adversários são muito fortes.

Não aceito o facto de termos baixado de ritmo nos últimos 20 minutos – deveríamos ter estado mais concentrados e não estivemos. [O Arsenal] é uma equipa muito dinâmica, com grandes jogadores que gostam de ter a bola e, na primeira parte, não deixámos que isso acontecesse. Estamos felizes com o resultado – marcámos dois golos fora de casa –, mas a grande lição a tirar deste jogo é que devemos estar sempre atentos e se não conseguirmos uma boa exibição em Camp Nou seremos eliminados. Sempre soubemos que a eliminatória seria decidida no nosso estádio.