Honda pronto para a luta
segunda-feira, 15 de março de 2010
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O médio japonês do CSKA de Moscovo, Keisuke Honda, falou ao UEFA.com sobre diversos assuntos, como aprender a falar russo, lutar pela titularidade e defrontar o Sevilha na UEFA Champions League.
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Depois de dois anos de êxito na Holanda, ao serviço do VVV Venlo, o médio japonês Keisuke Honda, de 23 anos, transferiu-se em Dezembro para o PFC CSKA Moskva e conversou com o UEFA.com durante o estágio de pré-temporada da equipa de Moscovo em Marbella, Espanha. Falou sobre diversos assuntos, como aprender a falar russo, lutar pela titularidade e defrontar o Sevilla FC na UEFA Champions League.
UEFA.com: O que aprendeu durante a sua passagem pela Holanda?
Keisuke Honda: Muita coisa. Evoluí tecnicamente, mas a coisa mais importante que aprendi foi a ter uma mentalidade mais ofensiva.
UEFA.com: Estava preocupado quando trocou o VVV pela Rússia, um mundo desconhecido para os jogadores japoneses?
Honda: A verdade é que já tinha rejeitado uma oferta do CSKA no Verão passado, mas depois ouvi falar muito bem do futebol russo. O facto de o CSKA ter conquistado a Taça UEFA em 2005 foi uma das razões que me levaram a decidir mudar para aqui.
UEFA.com: É muito diferente, a forma de treinar do CSKA, em comparação com a do VVV?
Honda: Tanto a quantidade como a qualidade de treino são muito diferentes. Julgo que trabalhamos três ou quatro vezes mais, aqui. Centrar as atenções nos aspectos físicos é bom para mim, pois melhorar a minha força física é um dos meus objectivos a médio prazo.
UEFA.com: O CSKA tem vários médios de muita qualidade. Acredita que se pode afirmar como titular?
Honda: O treinador [Leonid Slutsky] disse-me que considera o internacional chileno Mark González, o internacional sérvio Miloš Krasić, o internacional russo Alan Dzagoev – actualmente lesionado – e eu mesmo como as principais opções para o meio campo de ataque da equipa. Vamos lutar pela titularidade, mas ele também disse que tinha planos para, em alguns jogos, nos usar aos quatro em simultâneo.
UEFA.com: Como consegue comunicar com Leonid Slutsky e com os seus colegas de equipa russos?
Honda: Temos um intérprete, que traduz as instruções do treinador para inglês, por isso acabo por perceber o que ele pretende. Contudo, não são muitos os meus colegas que sabem falar inglês. Estou a proporcionar-lhes muitas gargalhadas, com o meu russo ainda muito limitado e a dizer-lhes "têm de falar em inglês".
UEFA.com: Já conseguiu marcar e fazer algumas assistências em vários jogos amigáveis pelo CSKA, a actuar por trás dos avançados. Sente que está na "pole position" na corrida a essa posição no "onze" titular?
Honda: De todo. Sou o único jogador que chegou ao clube no Inverno, por isso comecei atrás dos restantes. Os outros jogadores já tinham uma relação construída com o treinador. Eu estou a tentar chegar lá.
UEFA.com: Jogar com regularidade é o seu principal objectivo para esta primeira temporada no CSKA?
Honda: Não, não quero fazer disso um objectivo. O alvo que apontei quando assinei pelo CSKA foi a conquista de troféus. A nível pessoal, não posso apontar qualquer objectivo específico antes do arranque da Liga russa (este fim-de-semana).
UEFA.com: Como avalia o Sevilha, adversário do CSKA nos oitavos-de-final da UEFA Champions League?
Honda: São a terceira ou quarta equipa mais forte do futebol espanhol, logo a seguir ao Barcelona e ao Real Madrid. O Sevilha é bem melhor que as restantes equipas da Liga espanhola. É uma equipa de topo em todos os sectores, com muita velocidade e técnica. O seu avançado brasileiro, Luis Fabiano, é a principal ameaça para nós, pois pode resolver um jogo sozinho.
UEFA.com: O futebol espanhol atrai-o?
Honda: Jogar em Espanha é um sonho que tenho desde criança. É uma das minhas ambições para o futuro representar uma equipa espanhola quando deixar de jogar no CSKA.
UEFA.com: Esta é a primeira vez que o CSKA atinge a fase a eliminar da UEFA Champions League. Até onde pode ir?
Honda: O objectivo é, claro, chegar ao título. Pessoalmente, quero não só ir longe na Europa como também estar bem na Liga russa, de forma a ser chamado para a selecção do Japão que estará presente no Campeonato do Mundo.