Arsenal abate dragão
terça-feira, 9 de março de 2010
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Arsenal FC 5-0 FC Porto (total: 6-2)
Um "hat-trick" de Nicklas Bendtner e exibições brilhantes de Samir Nasri e Andrei Arshavin decidiram a eliminatória a favor dos "gunners".
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O Arsenal qualificou-se para os quartos-de-final da UEFA Champions League ao golear, pela segunda vez em duas épocas, o campeão português, FC Porto, agora por expressivos 5-0, num jogo em que se apresentou sem o seu elemento mais influente, o capitão Cesc Fàbregas. No lugar deste, jogou Samir Nasri, que viria a decidir a eliminatória salvando um golo sobre a linha de golo e, depois, a marcar um tento verdadeiramente sensacional.
Jesualdo Ferreira decidiu efectuou algumas alterações, relativamente às equipas que tem apresentado na Liga portuguesa, e, frente a um Arsenal sem o seu organizador de jogo Cesc Fàbregas, concedeu a titularidade e a estreia esta temporada a Nuno André Coelho, um defesa-central que alinhou de início à frente da defesa, no habitual lugar de Fernando e, mais recentemente de Tomás Costa. A outra alteração foi a entrada de Hulk, que não pode jogar nas competições internas devido a suspensão. O internacional brasileiro iniciou o encontro no lado direito, mas rapidamente regressou ao seu lugar no lado esquerdo, por troca com Silvestre Varela.
Do lado do Arsenal, sem Fàbregas e Robin van Persie, as soluções passaram por Nasri e Niklas Bendtner, que, com os três golos apontados entre si (os primeiros do jogo), viriam a decidir a eliminatória. O golo inaugural surgiu três minutos, depois de Andrei Arshavin, autor de outra exibição sublime, ter dado o primeiro aviso, cabeceando para uma excelente defesa de Helton, que também viria a cotar-se como o melhor em campo do lado dos portugueses. Assim, aos dez minutos, Nasri desmarcou Arshavin, que cruzou do lado esquerdo para a zona frontal. Helton saiu-se, mas chocou com Jorge Fucile, que tentou o desarme, e a bola ficou à mercê de Bendtner, que marcou facilmente.
A avalanche ofensiva do Arsenal não parou e, aos 25 minutos, Bendtner bisou (ele que já marcara dois golos a Portugal na fase de apuramento para o Mundial 2010), na sequência de uma perda de bola de Fucile junto à linha lateral, para a Arshavin. O russo driblou Fucile, Rúben Micael e Nuno André Coelho e cruzou para a pequena-área, onde Bendtner só teve de encostar. Arshavin viria, depois, a falhar uma boa ocasião, rematando por cima, após cruzamento de Nasri. Antes do intervalo, Hélton manteve o FC Porto na discussão da eliminatória com três defesas consecutivas: a remate de Bendtner e a um cabeamento de Diaby na sequência do pontapé de canto e, posteriormente, a remate de Nasri.
Na segunda parte, Jesualdo Ferreira trocou Nuno André Coelho por Cristián Rodríguez, que esteve na origem da melhor jogada do FC Porto no encontro, cruzando para Radamel Falcao rematar para a defesa de Manuel Almunia.
Entre os 61 e 63 minutos, eis que Nasri decidiu a eliminatória. O francês salvou um cabeceamento de Rodríguez que levava o carimbo de golo e marcou um golo sublime, concluindo com um remate ao ângulo uma jogada na qual driblara Raul Meireles, Rodríguez e Álvaro Pereira.
A entrada de Rodríguez levou Arsène Wenger a lançar Emmanuel Eboué para fechar o flanco direito dos "gunners" e este não demorou a marcar, isolando-se, aos 66 minutos, perante Helton e tirando-o do caminho, após velocíssimo contra-ataque de Arshavin, que tirara Fucile da frente.
No entanto, a noite do uruguaio (e do FC Porto) viria a ficar ainda pior, pois derrubou Eboué, cometendo falta para a grande penalidade entretanto convertida por Bendtner, selando o "hat-trick".