Inter em vantagem para Londres

O FC Internazionale Milano venceu o Chelsea FC, em casa, colocando-se em vantagem para o jogo da segunda mão, que marcará o regresso de José Mourinho (e Ricardo Quaresma, que não saiu do banco) a Stamford Bridge, após ter deixado o comando técnico dos londrinos. No entanto, o golo apontado por Salomou Kalou poderá ser decisivo para um eventual sucesso dos agora comandados de Carlo Ancelotti.

Com Davide Santon e Cristian Chivu lesionados, José Mourinho apostou no capitão Javier Zanetti no lado esquerdo da defesa e Thiago Motta no lugar do argentino a meio-campo. Goran Pandev era uma das pedras que poderia integrar o ataque, mas a opção recaiu em Wesley Sneijder, que assim surgiu no apoio a Samuel Eto'o e Diego Milito.

O Chelsea apresentou-se ainda mais desfalcado do que o seu adversário, tanto que Ricardo Carvalho era o único jogador de campo português disponível. Começando na defesa, sem José Bosingwa ou Paulo Ferreira, foi Branislav Ivanovic quem jogou lado direito, enquanto à esquerda, a ausência de Ashley Cole ditou a titularidade de Florent Malouda, quando se apostava em Juliano Belletti. No meio-campo, John Obi Mikel surgiu no lugar habitual de Michael Essien, com Michael Ballack a seu lado.

O jogo começou praticamente com o primeiro golo do Inter, que resultou de uma penetração pelo meio gizada por Sneijder e Samuel Eto'o, com a bola a escapar para Diego Milito já na área, onde tirou John Terry do caminho antes de rematar junto ao poste mais próximo.

O Chelsea respondeu de imediato e, no período de oito minutos, efectuou cinco remates perigosos. Aos dez minutos, Malouda subiu pelo lado esquerdo e rematou de longe, às malhas laterais. Aos 12 minutos, foi a vez de Salomon Kalou flectir da direita para o meio e rematar forte, para uma defesa segura de Júlio César.

Seguiu-se a ocasião mais perigosa dos "blues" em todo o encontro. Didier Drogba bateu um livre directo a cerca de 30 metros da baliza e enviou a bola com estrondo à trave, quase silenciando San Siro. Na sequência do lance, Kalou também rematou de longe, para a defesa de Júlio César. O guarda-redes brasileiro viria ainda a aplicar-se a fundo para suster um forte disparo de Michael Ballack, após a bola ter desviado em Thiago Motta. Drogba viria ainda a tentar um remate à meia-volta, mas a bola saiu ao lado.

Até final da primeira parte, o jogo restringiu-se, principalmente ao duelo do meio-campo e só após o reatamento voltou o verdadeiro espectáculo e logo com dois golos. Aos 51 minutos, Kalou empatou, através de um remate em arco, ao qual Júlio César se podia ter oposto melhor, após excelente trabalho individual de Ivanovic, que chamou a si três adversários antes de endossar a bola ao marfinense. Contudo, somente quatro minutos volvidos, Esteban Cambiasso restabeleceu a vantagem do Inter, na recarga, de fora da área, a um primeiro remate seu.

O Chelsea não reagiu tão bem a este golo como o havia feito após o tento inaugural, mas, aos 64 minutos, já com Hilário na baliza dos londrinos por lesão de Petr Čech, Frank Lampard quase empatou, mas o seu remate, desferido bem no coração da área, foi superiormente detido por Júlio César.

A partida decaiu, então, de ritmo e emoção e nem mesmo as entradas de Mario Balotelli e Goran Pandev (para o Inter) e Daniel Sturridge (no lado do Chelsea) trouxeram mais emoção ao jogo. Até final, o Chelsea tomou conta da partida, mas sem voltar a importunar Júlio César, muito por culpa do acerto de Lúcio e Walter Samuel, que mantiveram Drogba e Nicolas Anelka em branco.