Porto de gala silencia Madrid

O FC Porto fechou com chave de ouro a sua participação no Grupo D da UEFA Champions League. Já com o segundo lugar assegurado, os "azuis-e-brancos" foram a Espanha ganhar ao Club Atlético de Madrid por 3-0, graças a uma exibição tranquila e personalizada, sem grandes sobressaltos.

Exibição segura
Não podia ter corrido melhor esta partida na capital espanhola para os "dragões", perante um Atlético com pouca chama e que raramente criou perigo a Helton, apesar das investidas de um inconformado Simão Sabrosa. Os golos de Bruno Alves (logo a abrir), Radamel Falcao (ainda na primeira parte) e Hulk foram o corolário natural de uma superioridade que se começou a desenhar ao segundo minuto. Na sequência de um canto da esquerda apontado por Raul Meireles, Bruno Alves subiu bem mais alto que os defesas do Atlético e cabeceou, com a bola a entrar ao poste mais distante. Excelente golo do defesa portista.

Falcao oportuno
Os da casa tentaram reagir de pronto e, aos 13 minutos, Diego Forlán, descaído para a direita, atirou com perigo para excelente defesa de Helton. Porém, o FC Porto chegaria rapidamente ao 2-0, no lance seguinte, quebrando o ânimo contrário. Jorge Fucile rematou da direita, Sergio Asenjo não conseguiu agarrar a bola e Falcao, na recarga, muito oportuno, não perdoou. O Atlético lá foi atacando como podia, sem espaços e com pouca alma e, aos 21 minutos, Forlán serviu Maxi Rodríguez e este atirou ligeiramente por alto, sem marcação. Aos 23 foi Kun Agüero a dar espectáculo, com o argentino a acorrer a um centro da direita e a efectuar um pontapé de bicicleta, que saiu às malhas laterais da baliza portista.

Travar as alas
O FC Porto era a equipa mais esclarecida em campo, sabendo perfeitamente o que deveria fazer para travar as investidas espanholas. Algo que o conseguiu com alguma facilidade, em especial nas faixas laterais, a zona mais forte do emblema de Madrid. Tapados os extremos, os dois avançados do Atlético tiveram pouca bola na primeira parte. Os contra-ataques do FC Porto foram sempre perigosos, com o golo a cheirar perto da baliza dos anfitriões. Com os acontecimentos sob controlo, os comandados de Jesualdo Ferreira chegaram ao intervalo numa posição confortável.

Maicon lesiona-se
A etapa complementar apresentou a mesma toada morna, com os portistas mais na expectativa perante um Atlético sem ideias. Os homens da casa perdiam muitas bolas a meio-campo e viam o seu futebol quebrado com muita frequência, pelo que as oportunidades escassearam. Aliás, a melhor ocasião pertenceu aos portugueses, com Falcao a surgir solto pela esquerda e a rematar forte para excelente defesa de Asenjo. Nesta altura já o estreante Maicon, do FC Porto, saíra devido a uma entorse no tornozelo esquerdo, dando lugar a Cristian Săpunaru.

"Bomba" de Hulk
O Porto continuou a ameaçar e foi sem surpresa que chegou ao 3-0, aos 76 minutos. Guarín serviu Hulk, este fez o que quis da defesa "colchonera" e rematou forte de pé esquerdo, sem hipóteses para Asenjo. Um excelente golo que "matou" o jogo, apesar de o Atlético ter garantido o seu objectivo para esta partida, ou seja, o terceiro lugar e respectivo apuramento para os 16 avos-de-final da UEFA Europa League.