Ronaldo decide em Marselha

O Olympique de Marseille desperdiçou uma grande ajuda do FC Zürich, ao terminar a sua aventura na presente UEFA Champions League com um abrupto regresso à Terra, mercê de dois golos de Cristiano Ronaldo no Stade Vélodrome, essenciais para o triunfo do vencedor do Grupo C, o Real Madrid, por 3-1.

Tarefa hercúlea
Vencer os nove vezes campeões europeus é, já de si, uma tarefa hercúlea, mas o OM necessitava de ganhar por 3-0 ou por quatro golos de diferença, caso o AC Milan somasse três pontos na Suíça. No entanto, os milaneses apenas empataram 1-1, resultado que se tornou insignificante dado Cristiano Ronaldo ter bisado, com golos antes e depois de um tento de Raúl Albiol. Antes, o ex-portista Lucho González empatara a partida, antes de ter desperdiçado uma grande penalidade. Ao Marselha resta, agora, tentar a sua sorte na UEFA Europa League.

Tradição de livres directos
A última visita do Real Madrid a Marselha, em Novembro de 2003, havia começado com um golo de livre directo de David Beckham e os "merengues" não demoraram muito a repetir a proeza, através de outro antigo "red devil", Cristiano Ronaldo, mantendo assim a tradição de livres de antigos jogadores do Manchester United no Vélodrome. O OM até começou bem o jogo, mas concedeu um livre a cerca de 30 metros e Ronaldo não se fez rogado, tendo colocado a bola junto ao canto superior, apesar do esforço do guardião Steve Mandanda, que ainda tocou na bola.

Empate rápido
O estádio rapidamente voltou a vibrar, uma vez que os comandados de Didier Deschamps empataram quase de seguida, por intermédio de Lucho, após Albiol ter sustido um cabeceamento de Brandão, na sequência de um cruzamento de Taye Taiwo. Por essa altura, o dianteiro brasileiro já havia visto um cartão amarelo que lhe valerá um jogo de suspensão, mas tal não significou menor concentração, pois apontou um golo entretanto anulado, quando os marselheses tentavam aproveitar um breve período de desconcentração do Real Madrid.

Confusão na área marselhesa
Não que nada se passasse na outra área. Antes pelo contrário. Com efeito, quatro jogadores diferentes ameaçaram marcar em poucos segundos, na sequência de um pontapé de canto apontado por Rafael van der Vaart. Cristiano Ronaldo cabeceou ao poste, Mandanda defendeu um remate de Gonzalo Higuaín e, finalmente, Pepe e Sergio Ramos viram os seus disparos salvos "in extremis". Ainda antes do intervalo, Cristiano Ronaldo cabeceou por cima da trave e ainda cobrou um livre directo por cima do ferro.

Grande penalidade desperdiçada
Com o Milan a perder ao intervalo, o Marselha regressou moralizado dos balneários, só que o seu ânimo voltou a cair por terra. Mandanda havia defendido os remates de Van der Vaart e Marcelo, mas nada pôde fazer para deter o tiro rasteiro de Albiol, após Gabriel Heinze não ter conseguido aliviar a bola na sequência de um canto. E, desta vez, não se seguiu o empate.

"Bis" de Cristiano Ronaldo 
Uma grande penalidade para Lucho González parecia uma boa ocasião para restabelecer a igualdade, a punir derrube de Iker Casillas a Mamadou Niang, mas o internacional argentino acertou com estrondo na barra. Seguiu-se a penalização do Real Madrid ao erro do ex-portista, com Cristiano Ronaldo a bisar e a decidir a partida, após acorrer a uma desmarcação de Lassana Diarra e tirar Mandanda do caminho, aumentando a sua contagem pessoal na prova para seis tentos.